segunda-feira, março 27, 2006

O estado do Douro e o regresso de Martins da "Cunha"

Convido-os a ler dois artigos. O primeiro é de António Barreto, veio no Público do último Domingo, e é uma visão interessante sobre o estado do Douro, região da qual deve ter um conhecimento razoável, pelos vários anos que viveu em Vila Real. Tendo em conta o habitual cepticismo ( ou mesmo pessimismo, ainda que construtivo) do autor, são certamente notícias auspiciosas. Há no entanto manchas no desenvolvimento do Douro, exemplificadas na morte lenta do caminho de ferro. Como o texto do artigo não está linkável, deixo-lhes um pequeno trecho:

"Esta semana, o Governo e a CP anunciaram o fecho de três linhas de caminho-de-ferro do Douro (Corgo, Tua e Tâmega), assim como a redução drástica da Linha do douro, do Porto à Régua. Na preparação de uma eutanásia, as primeiras três já vinham a ser asfixiadas há vários anos. A última está nesta mesma situação e acabará morta dentro de pouco tempo. O que se passa com as linhas de comboio já nem sequer é um escândalo. É pura estupidez (...) condená-la, primeiro, fechá-la, depois, é um acto de ingorância e vandalismo. É simplesmente o interesse indiscutível de utilização de um recurso e de uma fonte de riqueza únicos."

Impossível deixar de concordar com Barreto. Se este crime de lesa-património for verdade, a prazo as tradicionais fotografias sobre o rio serão tiradas de vias férreas cobertas de tojo e silvas.


Clara Ferreira Alves, em quem há pouco tempo aqui zurzi, traz-nos agora um artigo esclarecedor sobre as patéticas declarações do patético Martins da Cruz, ex-MNE. E com razão: por muito menos, Freitas do Amaral ouviu os piores remoques e acusações. Mas esta regressada personagem parece passar quase incólume, apesar da sua quota-parte de irresponsabilidade em colocar Portugal como cúmplice da mais estúpida, inútil e desastrosa guerra dos últimos vinte anos. Talvez seja mesmo um caso de diferença de relevância.

Resta-me esperar, hoje, pelo jogo de logo e pela (esperada) vingança de Simão & Geovanni. Haja fé! E que se desbarate a defesa catalã.

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