...E ao fim de três longas semanas A Ágora voltou enfim. Não porque tivesse havido um qualquer hiato pré-estival, atendendo ao tempo que faz, mas porque o célebre vírus Sasser atacou por estas paragens e a sua remoção não foi propriamente fácil. Enfim, parece que a desinfecção surtiu efeito. Esperemos que nos tempos mais próximos não haja surpresas de maior no mesmo sentido.
E neste regresso a primeira coisa a referir é incontestavelmente
a vitória do SLB na Taça de Portugal, oito anos depois. Num jogo duro e de resultado imprevisível até ao fim, a vitória acabou por sorrir à equipa que, não tendo jogado melhor nem possuído a bola mais tempo, mais acreditou e, claro, mais golos marcou. Mas para além do jogo em si, o Benfica acabou por ser um justíssimo vencedor.Porque não celebrou vitória antecipadamente, ao contrário de Pinto da Costa ( a quem no dia anterior só lhe faltou dizer que queria ver Lisboa a arder). Nem, caso tivesse perdido, atiraria as culpas para cima do árbitro, sabendo-se como Camacho é. E porque depois de perder dois atletas num ano, um deles na véspera, uma alegria destas era o mínimo que se podia pedir.
Ficou-nos pois mais uma final do Jamor, talvez a última. E a 24ª Taça do SLB (tantas quantas Sporting e Porto juntos). Empunhada pelos dois capitães. E a lembrança de Feher e Baião. E as faixas da claque do Benfica, desejando boa sorte ao Porto contra o Mónaco, num registo de fair-play inédito. Fair-play que Mourinho não teve quando lhe era exigido, apontando baterias ao árbitro num rosário de acusações, cada uma mais patética que a outra.Mas neste plano esteve bem acompanhado: o Blasfémias desfiou uma das mais incríveis e facciosas reacções que já tive oportunidade de ver, com coisas do tipo "Lucílio Baptista jogou muito bem de vermelho", ou "a equipa do Porto é boa de mais para jogar no meio de um pinhal (!)", ou ainda "a equipa do Benfica é um amontoado de jogadores caceteiros". Não é apenas mau perder: é também deselegância, má-criação e hipocrisia, sobretudo no que toca aos "caceteiros". Alguém dirá que se trata de um blog "de referência"? Não me parece. Para mim não é, com certeza.
Também Sousa Tavares não aceitou bem a derrota, embora tenha usado uma forma um pouco mais polida para o fazer. Mas nas entrelinhas nota-se a imensa raiva pela derrota com que não contava, certamente, pelas desculpas que dá. E o querer desculpar à força toda os obscuros negócios entre a Câmara do Porto ao tempo de Nuno Cardoso e o FCP é de bradar aos céus. Que pena que alguém que noutras área é por vezes tão lúcido e clarividente use aqui os mais incongruentes argumentos para justificar o injustificável. Ora veja-se...
Enfim, alguns mais ressabiados disseram que apenas tínhamos ganho "migalhas". Mas se assim é, porque terão ficado tão raivosos?
Mais importante do que isso foi a festa que se viveu nessa noite. E que se estendeu pelos Aliados dentro, onde eu próprio tive a oportunidade de testemunhar a euforia vermelha que invadiu a Baixa Portuense. Assim como o resto do país, de Norte a Sul. É bem melhor ver comemorações festivas em diversos lugares do que apenas num só. É também pelo apoio massivo e alegre de todo um país que se vêem os grandes clubes...
Peço desculpa pelo excessivo tom futebolístico do post, mas urgia. Em compensação, não falarei hoje da Selecção, cujos escolhidos foram anunciados hoje por Scolari. Os melhores possíveis, espera-se.
Podia fazer uma qualquer referência ao Iraque, ás sinistras práticas que ao que parece permaneceram nas prisões, e à completa falta de vergonha de Rumsfeld (e de Bush)por não se demitir, o que prova que os EUA, actualmente, não são um país minimamente civilizado, já que até em Portugal o responsável político por tais aberrações seria de pronto exonerado; podia também falar da política racista e de cariz autoritária de Israel, que continua placidamente a destruir casas de palestinianos como se de construções na areia se tratassem, ao mesmo tempo que pululam os colonatos ilegais; ou de mais um sinistro assassínio ás mãos de outra incontável agremiação terrorista islâmica, desta vez do próprio líder do governo provisório iraquiano.
Mas tudo isso é, a cada dia que passa, mais banal. E de cada vez que se ouve mais um evento do género, boceja-se. É lamentável, mas verdadeiro.
...Como lamentável é também a erosão cada vez mais acentuada da costa portuguesa. Já me tinha referido em anteriores posts a um exemplo concreto, o de Moledo. E certamente voltarei à carga.
A ausência durante semanas provoca disto:o desnorte perante as alterações que o blogger sofreu.
Penso que por hoje é tudo. A hora já é tardia. Boa noite.
E neste regresso a primeira coisa a referir é incontestavelmente
a vitória do SLB na Taça de Portugal, oito anos depois. Num jogo duro e de resultado imprevisível até ao fim, a vitória acabou por sorrir à equipa que, não tendo jogado melhor nem possuído a bola mais tempo, mais acreditou e, claro, mais golos marcou. Mas para além do jogo em si, o Benfica acabou por ser um justíssimo vencedor.Porque não celebrou vitória antecipadamente, ao contrário de Pinto da Costa ( a quem no dia anterior só lhe faltou dizer que queria ver Lisboa a arder). Nem, caso tivesse perdido, atiraria as culpas para cima do árbitro, sabendo-se como Camacho é. E porque depois de perder dois atletas num ano, um deles na véspera, uma alegria destas era o mínimo que se podia pedir.
Ficou-nos pois mais uma final do Jamor, talvez a última. E a 24ª Taça do SLB (tantas quantas Sporting e Porto juntos). Empunhada pelos dois capitães. E a lembrança de Feher e Baião. E as faixas da claque do Benfica, desejando boa sorte ao Porto contra o Mónaco, num registo de fair-play inédito. Fair-play que Mourinho não teve quando lhe era exigido, apontando baterias ao árbitro num rosário de acusações, cada uma mais patética que a outra.Mas neste plano esteve bem acompanhado: o Blasfémias desfiou uma das mais incríveis e facciosas reacções que já tive oportunidade de ver, com coisas do tipo "Lucílio Baptista jogou muito bem de vermelho", ou "a equipa do Porto é boa de mais para jogar no meio de um pinhal (!)", ou ainda "a equipa do Benfica é um amontoado de jogadores caceteiros". Não é apenas mau perder: é também deselegância, má-criação e hipocrisia, sobretudo no que toca aos "caceteiros". Alguém dirá que se trata de um blog "de referência"? Não me parece. Para mim não é, com certeza.
Também Sousa Tavares não aceitou bem a derrota, embora tenha usado uma forma um pouco mais polida para o fazer. Mas nas entrelinhas nota-se a imensa raiva pela derrota com que não contava, certamente, pelas desculpas que dá. E o querer desculpar à força toda os obscuros negócios entre a Câmara do Porto ao tempo de Nuno Cardoso e o FCP é de bradar aos céus. Que pena que alguém que noutras área é por vezes tão lúcido e clarividente use aqui os mais incongruentes argumentos para justificar o injustificável. Ora veja-se...
Enfim, alguns mais ressabiados disseram que apenas tínhamos ganho "migalhas". Mas se assim é, porque terão ficado tão raivosos?
Mais importante do que isso foi a festa que se viveu nessa noite. E que se estendeu pelos Aliados dentro, onde eu próprio tive a oportunidade de testemunhar a euforia vermelha que invadiu a Baixa Portuense. Assim como o resto do país, de Norte a Sul. É bem melhor ver comemorações festivas em diversos lugares do que apenas num só. É também pelo apoio massivo e alegre de todo um país que se vêem os grandes clubes...
Peço desculpa pelo excessivo tom futebolístico do post, mas urgia. Em compensação, não falarei hoje da Selecção, cujos escolhidos foram anunciados hoje por Scolari. Os melhores possíveis, espera-se.
Podia fazer uma qualquer referência ao Iraque, ás sinistras práticas que ao que parece permaneceram nas prisões, e à completa falta de vergonha de Rumsfeld (e de Bush)por não se demitir, o que prova que os EUA, actualmente, não são um país minimamente civilizado, já que até em Portugal o responsável político por tais aberrações seria de pronto exonerado; podia também falar da política racista e de cariz autoritária de Israel, que continua placidamente a destruir casas de palestinianos como se de construções na areia se tratassem, ao mesmo tempo que pululam os colonatos ilegais; ou de mais um sinistro assassínio ás mãos de outra incontável agremiação terrorista islâmica, desta vez do próprio líder do governo provisório iraquiano.
Mas tudo isso é, a cada dia que passa, mais banal. E de cada vez que se ouve mais um evento do género, boceja-se. É lamentável, mas verdadeiro.
...Como lamentável é também a erosão cada vez mais acentuada da costa portuguesa. Já me tinha referido em anteriores posts a um exemplo concreto, o de Moledo. E certamente voltarei à carga.
A ausência durante semanas provoca disto:o desnorte perante as alterações que o blogger sofreu.
Penso que por hoje é tudo. A hora já é tardia. Boa noite.
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