sexta-feira, fevereiro 27, 2004

Só uns apontamentos para dizer que estou aqui:

-O SLB lá ganhou. Por poucos (e insuficientes), mas ganhou. ´Bora ver o que nos reserva o gelo de Trondhein para a semana.

-Se alguma lição me fica desta semana é que mal se entra num autocarro nos devemos agarrar a tudo o que estiver à mão: cadeiras, aquelas cintas de couro que pendem do tecto, etc (não convirá talvez que seja a carteira de outrém). Só quem passa por elas (e quem anda de transporte público) é que entende o sentido deste post.

-muito se falou da Serra da Estrela nos últimos dias, por causa do propalado nevão. Mas quem tivesse atravessado o Marão na última 3ª-feira (sim, a desse pretexto para tristes figuras que se chama Carnaval, ou mais rusticamente, Entrudo) teria ficado deleitado com a imagem de postal natalício sobre a Campeã como há muito não se via. Ah, tivesse eu na altura algo com que tirar umas fotos...

-Pedro Lomba não apagou nada, até ao momento. Ainda bem. Dá mais tempo para relembrar todos os seus pertinentes- senão tocantes - posts.

domingo, fevereiro 22, 2004

Uma das inúmeras (e excelentes) colecções de "brindes" que ultimamente têm caracterizado o Público é a dos álbuns completos do Tintin, um suprasumo da BD. Digo completos porque não ficaram esquecidos os menos oficiais, como o exemplar desta semana: "Tintin no País dos Sovietes".
Esta obra é apenas e só a primeira da saga do repórter da poupa e calças de golfe. Aqui ainda tem a imagem de escuteiro imberbe (à imagem do seu criador) que viaja até à longíqua e temida URSS para relatar os factos aí decorridos, isto é, uma autêntica missão anti-comunista. Como anti-comunista era o "XXiéme", jornal católico para o qual Hergé trabalhava. E precisamente este álbum atribuiu ao seu autor uma imagem de conservadorismo, racismo até (e mais tarde de colaboraccionismo), que lhe dificultariam sobremaneira o percurso de cartoonista.
É certo que Hergé exprimia uma imagem fortemente anti-bolchevista sem grande conhecimento de causa, e isso nota-se pelas confissões do próprio em relacção à falta de dados fiáveis sobre a realidade do país (aliás difíceis de obter), para além da "naïveté" e precariedade das pranchas. Mas só o facto de ser a primeira da série, com a extraordinária evolução que esta sofreu, serviria para reconhecer a sua extrema importância no universo da BD.
Importância que para mim acresce por motivos pessoais. Lembro-me que me ofereceram o álbum (no original, em francês), no dia da minha profissão de fé, teria eu os meus doze anos. Embora já na altura adorasse os livros do Tintin (cuja obra integral possuo, não precisando pois de recorrer ao Público), este tinha algo que me marcou a partir de então. Não sei se a singeleza dos desenhos, se o ritmo contagiante das aventuras numa sucessão burlesca, ou as divertidíssimas situações surgidas do nada (a fuga da prisão alemã, o modo como as eleições se processavam, as peripécias na Sibéria)...talvez tudo isso em conjunto...Mas o que é certo é que uma das minhas paixões, a BD, instalou-se definitivamente no meu espírito, de tal forma que pouco tempo depois fazia a minha própria aventura em pranchas (um embaixador português em Israel nos anos 60, e vogando pelas Arábias, imagine-se); uma experiência notoriamente inspirada nos álbuns do Tintin e que ficou a meio - mas um dia retomo-a e ainda ouvirão falar de mim como cartoonista!
Datada, politizada ou esquecida, "No País dos sovietes" é uma obra deliciosa que continuo a guardar com consideração e carinho ( na sua versão francesa). Nunco esquecendo o quão marcou o início da minha adolescência, e por isso um caminho complicado mas determinante da minha vida.

Olhando para os últimos posts, reparo que nem uma referência fiz ao triste desaparecimento de Marco Pantani, aquele incrível corredor de crâneo rapado coberto por um lenço de que só tive conhecimento ao vê-lo numa soalheira tarde de Verão, pedalando nos Campos Elísios, consagrando a vitória no Tour, à qual juntaria pouco depois a do Giro. Que o "pirata" possa pois, na dimensão em que se encontrar, trepar montanhas pela eternidade fora, sem ameaças de dopping, drogas ou vergonhosas intromisões na sua vida privada. Das quais está trágica mas finalmente livre para todo o sempre.


Já há uns tempos tinha aqui falado da "stand-up-comedy" do Francisco Menezes, em contraponto com outros. Tive enfim oportunidade de assistir a uma sua performance ao vivo, no regressado-ás-origens Twins. Teve piada, mas acho que ele devia actualizar o repertório, até porque já conhecia metade do "libretto". Asseguraram-se outras futuras actuações no local, prometeram-se futuras irreverências. Só espero é que o sucesso não seja tal que ainda se lembrem de convidar o Fernando Rocha. Palavra de honra que não voltaria lá nas próximas décadas! Mas o bom senso há de imperar. Ou não? É que na semana que vem vai lá o Represas. Por isso...

terça-feira, fevereiro 17, 2004

Já vi o "Lost in Translation". Creio que só faltava eu, em toda a blogoesfera. Posso dizer simplesmente que Bill Murray, um dos meus actores preferidos desde os velhinhos "Gosthbusters", não terá surpreendido tanto quem tiver visto os "Tenembauns"; que simpatizei com Scarlett, provavelmente pelo seu ar de filósofa ingénua em busca de um outro Japão por trás das torrentes de vidro e néon; que Tóquio faz inveja à maior das Manhattans; e que jamais pensei que a solidão e o vazio se pudessem fazer sentir com tal intensidade numa urbe de vinte milhões de habitantes. Para onde irá Bill/Bob, assim acompanhado pelos nunca antiquados Mary Chain?

Também "Anything Else" está retirado da lista dos filmes a ver. Woddy nunca tinha sido tão neurótico como agora; Jason mostrou que o fim das "American Pies" o libertou definitivamente (embora com uns resquícios...); Ricci, com a sua silhueta angulosa, mostra de forma sublime o quão birrenta e neurótica pode ser. O Central Park nunca teve uma tão forte carga maníaca-obsessiva como aqui, no melhor filme de Allen nos últimos dez anos.

Mas ainda estou um pouco em estado de choque. Não digo coisa com coisa. Daqui a uns meses talvez compreenda a importância real destas duas películas.
E ainda falta "Big Fish", Santo Deus!

Ah, é verdade. Complemente-se o "Último Samurai" com "Lost in Translation" e veja-se a comparação de um Japão separado por meros 140 anos.

sábado, fevereiro 14, 2004

Não resisto a fazer mais um apontamento futebolístico, mas o post de Alexandre Borges, no Desejo Casar, intitulado "E a banda continua a tocar", é a melhor previsão do que vai ser um típico Domingo de Clássico desde há muito...Aliás, acho que tão completa nem nunca vi.


Fim-de-semana à porta...Entre efemérides que se comemoram por diversíssimas razões, como a dos duzentos anos sobre a morte de Kant(onde se percebe que afinal não há mesmo seres totalmente desprovidos de paixão), descobri há pouco aqui e aqui que os Smiths tiveram o seu início de carreira há precisamente vinte anos. Como possível comemoração, muni-me logo de um disco desses maníaco-depressivos de flores em riste. No preciso momento ouço...Ask, exactamente.
Ex-Köenigsberg e Manchester. Kant e The Smiths...Qual deles terá influenciado de forma decisiva na vida um maior número de pessoas? A resposta presume-se impossível

quarta-feira, fevereiro 11, 2004

Não se sabe bem porquê, mas as hostes portistas parece que perderam a cabeça. Pinto da Costa diz que "O Benfica e o Sporting se vão fundir", num delírio tão ridículo quanto a dizer o mesmo do Milan/Inter, ou do Boca Juniors/River Plate, e até se pôs bacocamente a falar de Feher, ele, que nem as devidas condolências soube prestar. Aconteceu ontem, ao fim de um jantar em Espinho, presume-se que bem regado.
Mas também Miguel Sousa Tavares anda tenso; para provar que Mourinho não rasgou a camisola de Rui Jorge, experimentou o próprio fazê-lo, tendo triunfalmente concluido que tal não era possível. Queixa-se ainda MST que os jornalistas fizeram o possível para "incitar Pinto da Costa a alguma declaração bombástica"; e acrescenta: "fartei-me de rir". Provavelmente hoje rirá menos, com as atoardas do seu "Papa". Espero que para a semana não assobie para o ar, ele, que tanto critica o clima de ódio no futebol.
E enquanto isso, indiferente a zizânias, uma equipa serena e unida prepara-se para um jogo complicado para a Taça. Podem não ser os melhores do mundo, mas independentemente dos resultados obtidos, os jogadores do Benfica merecem todo o apoio possível e o respeito devido a um clube de nível mundial.

segunda-feira, fevereiro 09, 2004

A imagem de fundo do meu computador é, neste momento, a vista de Moledo do Minho a partir do fronteiro e galego Monte de Stª Tecla.
Já desconfiava há muito das razões da regressão daquela praia. Mas este artigo de há já uns tempos é elucidativo sobre o que se pode, e sobretudo o que não se pode fazer por esta aldeia de novo ameaçada não já pelas vagas do novo-riquismo geral, mas sim pelas reais ondas atlânticas.
É possível que a imagem no computador de um lugar onde passei momentos decisivos da minha vida (onde quase nasci, aliás) se torne daqui a alguns anos numa nostálgica recordação. Urge pois tomar medidas sérias; as que forem possíveis, em todo o caso. E gritar aos srs autarcas de Caminha que se fôr preciso acabar com o Ferry, que se acabe. A alguns kms a montante, em Cerveira, há outro, que em breve será substituído por uma ponte. Infelizmente, a importância das tricas inter-municipais está para lá da que se dá ás mais carismáticas e apelativas freguesias. Enquanto isto durar, nada se pode fazer por Moledo e tantas outras praias ameaçadas pela vontade de Neptuno.
Já há duas semanas que Miki nos deixou. Ficámos todos extremamente abalados com o funesto caso, mas Pedro Mexia ficou-o, ao que parece, de forma permanente. Data dessa altura ( e o seu último post versa sobre isso mesmo) a imobilidade da sua escrita online. Espera-se que não por muito tempo. A vida continua sempre, em tons mais carregados. E o "Dicionário..." tem obrigatoriamente de prosseguir a sua missão didáctico-social.

domingo, fevereiro 08, 2004

Os progressos da (in)justiça

Num qualquer noticiário televisivo de um canal que não sei agora precisar
surgiu a notícia do suicídio de um recluso, um jovem de 19 anos a cumprir pena, por furto, de ...7 anos.
O meu espanto não é o suicídio; mortes voluntárias são infelizmente o dia-a-dia nas prisões. O que choca é que alguém com pouco mais que a maioridade seja condenado a tanto tempo de cadeia por um furto, não um roubo, note-se bem. Em comparação, grande parte dos assassinos da estrada (quer por embriaguez, simples falta de cuidado ou até, pasme-se, apostas!) escapam com multa e pena suspensa. Ou seja, para a nossa jurisprudência penal o furto é bem mais grave que o roubo, e passa com leves penas ou admoestações, do gênero "vá lá, para a próxima beba um pouco menos". É o chico-espertismo e desleixo gosseiro acarinhado pelos próprios tribunais.
Não sei quais eram os antecedentes criminais do miúdo, os valores do furto em causa, se tinha dinheiro para pagar a um advogado credível ou se o facto de ser preto terá contribuído para o avolumar da pena. O que é certo é que tal decisão permitiu que a pessoa em causa se matasse, ou em alternativa que acabasse por se transformar num criminoso a sério, talvez com uma doença infecto-contagiosa apanhada na prisão.
Pensamos que a nossa justiça está a melhorar. Pode ser que esteja. Talvez por isso certas "doutas" decisões choquem tanto pelo facto de promoverem a injustiça de forma tão aberrante e descriminatória.

quinta-feira, fevereiro 05, 2004

Já vai tarde a hora, nesta estranhamente cálida noite de inícios de Fevereiro, e eu continuo a ver os blogs dos outros; enquanto "posto", ouço uma banda da qual andava há muito afastado: os Manic Street Preachers. Sobretudo as três primeiras músicas do respectivo "best of ", uma sequência fantástica, começando pela genial e revoltada "Design for Life". Julgo que esta banda anda algo desaparecida, salvo o lançamento de um ou outro B-side. Mas o que importa é que os velhinhos hinos cá continuam, com aquela eterna carga revolucionária e anti-sistema que se lhes conhece (exemplo manifesto disso foram os seus concertos em Cuba, com a presença mesma do dinossauro Fidel,) e que talvez explique o facto de nunca terem tido grande sucesso nos "States".
Porque Portugal fica deste lado do Atlântico lembrei-me subitamente que talvez os "Manics" fossem uma boa hipótese para o próximo Rock in Rio. O problema é que os senhores do dito evento estão mais preocupados em trazer os horrendos Slipknot (que atrás daquelas máscaras parecem um bando de satânicos em fúria - os nossos Caretos têm muito mais piada), os velhos Guns, que ninguém sabe se ainda realmente existem, e a Britney Spears. Pessoalmente não tenho nada contra a vinda da menina, mas preferia que fosse noutros moldes, sei lá, como mestre-de-cerimónias, por exemplo: o efeito visual era o mesmo e dava espaço a músicos de verdade. A ver se Sting, Mettalica e Gabriel salvam aquilo. Se meterem mais uma ou outra banda com interesse talvez lá apareça. Senão, viro-me definitivamente para o Euro (o 2004, não a moeda).
A TVI no seu melhor. Ontem estava programado o filme "A Fogueira das Vaidades", de Brian de Palma. O que é que saíu? O Rambo, ou coisa parecida.
Nada que não fosse de esperar da TVI.

terça-feira, fevereiro 03, 2004

Talvez portugal não seja o país de 3º Mundo que tantos apregoam.
Ontem estive durante momentos a observar o descendente directo do antigo "Flash-Back", ouvindo José Magalhães, Lobo Xavier e Pacheco Pereira.
O último referia-se, a propósito das incidências da morte do Feher, à "histeria dos portugueses, empolada pelos media, tal como já tinha acontecido com Timor-Leste". E rematava ainda:"em nenhum outro país da Europa isto aconteceria, só talvez em África e na América Latina".
Já se sabe que o eminente membro da blogosfera foge dos unanimismos e das questões consensuais como o diabo da cruz. Talvez para cultivar aquele ar de voz superior e do contra. Agora, que isso lhe dá uma imagem de insensibilidade e calculismo, lá isso dá-lhe, o mais possível. Até posso concordar quando se refere a exageros dos media, mas quanto ao resto, o que Pacheco Pereira pede é que as pessoas recalquem os seus sentimentos, dando uma ideia de racionalidade que manifestamente não têm, porque as emoções são uma componente humana. Até do ponto de vista psíquico é censurável; como tantos psicólogos afirmam, o luto é um processo pessoal e necessário, até a dor passar, e, aí sim, a vida seguir o seu curso normal. Já o caso de Timor é mais sério: não se tratou de uma expurgação da dor, mas de uma enorme onda de solidariedade e apoio à causa de um povo que estava a ser autenticamente chacinado, e que acabou por dar frutos. Se imitássemos Pacheco Pereira, na sua eterna torre de marfim, e com os seus academismos inconsequentes, ainda hoje Timor seria uma colónia da Indonésia, vítima sabe-se lá de que abusos. Mas deste aspecto essencial e simples o prezado colega "bloguista" não compreendeu absolutamente nada, longe disso. E aquela mania de considerar o povo lusitano histérico é absolutamente irrelevante. Os portugueses são assim naturalmente, sentimentais, embore para certas pessoas isso seja quase uma ofensa, já que confundem com "boçalidade" algo perfeitamente diverso. Esta existe, sem dúvida. Mas para aclarar as ideias relembro que a comunicação social "voyeurista" é proveniente sobretudo dos países anglo-saxónicos (com exemplos bem conhecidos) e que programas televisivos como o Big-Brother são uma criação holandesa. Ah, e o hooliganismo também nasceu mais a Norte. E então, a "histeria" só existe em Portugal?
A propósito do hábito de denegrir tudo o que se passa em Portugal, li ontem no Público uma tristíssima notícia , que, a ter lugar cá, provocaria logo comentários do tipo "isto só em Portugal", ou "somos um país do 3º Mundo".
É possível. Mas se tal fôr verdade, a Escócia, permitindo que os seus idosos pereçam assim nos lugares que lhes deviam proporcionar mais segurança e paz, não está certamente num Mundo de categoria superior.
Ontem pensei que os conflitos no futebol da Ocidental Praia Lusitana tivessem atingido o seu nível máximo com a guerra de compadres entre Mourinho e Bettencourt. Como é óbvio, ainda não me tinham chegado os ecos do Boavista-Guimarães. Ou talvez a guerra do Iraque tenha cá chegado, não sei. O que é certo é que Miki merecia bem mais do que isto.
Que amanhã à noite, ao menos, haja paz, concórdia e futebol a sério. E que esses valores sejam representados pelo Glorioso e pela Briosa. A única forma possível de Miki descansar em paz.

segunda-feira, fevereiro 02, 2004

Lembro-me agora que neste fim-de-semana tivemos ao mesmo tempo o 31 de Janeiro (data da 1ª revolta republicana, cá no burgo) e o 1 de Fevereiro (Regicídio). Duas datas nefastas a não esquecer.
Bem, talvez não no primeiro caso. Afinal de tudo eles foram rechaçados pela guarda postada (no sentido arcaico da palavra, que não tem nada a ver com blogs) nas escadas da Igreja de Sto Ildefonso, ao alto da rua de Sto António - hoje pode ter o nome do dia, mas sempre prefiro o original. Parece que alguns dedicados republicanos andaram este Sábado na dita artéria a colocar propaganda do regime pelas montras, com criancinhas a cantar "as virtudes da República", com referências aos "herois".
Ainda bem que não me encontraram pelo caminho: teria de empregar todo o meu sangue-frio para lhes responder educadamente que não estava interessado em tal propaganda - e já agora para lhes deixar um comentário do tipo "Monarquia é que é".
Quanto ao Regicídio, paz à alma de el-Rei e do Príncipe Real. Mais do que ás de Costa e Buíça, apesar de tudo.
Passou-se já uma semana desde a partida de Miki...
Algo mudou, no futebol português? Não, desgraçadamente nada. Tudo o que se viu nos últimos dias acabou por ser apenas fogo de vista, como o previam algumas mentes mais lúcidas e avisadas.
Ontem à noite viu-se a terrível confirmação: apesar de ter sido um bom jogo, emotivo e com um público vibrante ( e por esse lado não houve problemas), o pós-embate saldou-se pela incrível troca de mimos entre Mourinho e Bettencourt, com a tranquilidade de Fernando Santos pelo meio. Do pior que se tem visto nos últimos tempos no futebol português. Como se todas as aleivosias do costume se tivessem libertado depois do período de nojo devido a Feher.
Das duas uma: ou Mourinho deve mesmo saír de Portugal por actos absolutamente indignos cá praticados (e a história da reposição de bola não tem pés nem cabeça), ou Eduardo Bettencourt terá muito por que responder.
Destas sórdidas histórias só espero uma coisa: que João Pinto, que considero um dos melhores jogadores de sempre do SLB, volte depressa aos relvados.
Como é desagradável verificar que o futebol português voltou ao normal...

PS:salve-se ao menos o facto de se terem visto alguns sinais de real fair-play entre a assistência, como aquele cartaz de um adepto do FCP que dizia "SLB:que Deus lhes dê forças". Gestos simples que se apreciam.