quarta-feira, junho 10, 2015

O best of de 1995



Uma publicação inglesa já o tinha referido, mas o Sapo voltou a recordá-lo: em 1995, ou seja, há vinte anos, saía cá para fora uma chusma de discos do mais reluzente e intenso pop/rock (ou pope-roque, como diria a Amor Fúria) de que há memória. Havia rock sonoro com as vocalistas femininas dos Garbage e No Doubt, a trip hop dos Massive Attack, o punk-anos-noventa dos Green Day, os mega-êxitos de Alanis Morrisete, o inigualável, inqualificável e colossal Mellon Collie and the Infinite Sadness, dos Smashing Pumpkins, o início a sério dos Radiohead e de PJ Harvey, e a grande declaração de guerra da Britpop, The Great Escape dos Blur contra o icónico (What’s the Story) Morning Glory dos Oasis, com o superlativo Different Class, dos Pulp, a servir de terceira via, e os Elastica a ver se lhes caía alguma coisa.
Para ser perfeito, só faltavam os REM, por essa altura a debater-se com problemas de saúde dos seus membros que os impediram de se estrear nesse ano em Portugal, e vá lá, os U2, em década experimental, os James, ainda no auge da popularidade, e os Suede e Cure, também entre álbuns. Ainda de 1995, a lista do SAPO omitiu alguns álbuns de músicos como Morrissey, Red Hot Chili Peppers e Morphine, talvez por só poder escolher vinte nomes e esses não serem exactamente os pontos altos das carreiras dos seus autores. Ainda assim, uma indigestão de boa música pop/rock dos anos noventa. Daquela que já não se produz, como dizem os nostálgicos e os que não se conformam com a época em que vivem.


PS: em Julho, num dos incontáveis festivais que há por aí, neste caso o Super-Bock Super Rock, que também ele faz vinte anos, conseguiram atraír ao mesmo tempo os Blur e Noel Galhagger (isto é, metade dos ex-Oasis). Será um festival de saudades, para gente grande, que provável e infelizmente não terá provocações nem luta corpo a corpo.




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