quarta-feira, maio 23, 2018

Sobre uma Taça de Portugal atípica


Os meus parabéns ao Desportivo das Aves pela conquista da Taça de Portugal: pela primeira vez um clube do concelho de Santo Tirso, de onde o meu Pai é natural, ganhou uma prova nacional de futebol. Já não se devia ver uma coisa semelhante desde que o Tirsense, então na terceira divisão da época, eliminou o Sporting dos Cinco Violinos - embora sem o Jesus Correia (desta o meu Pai ainda se lembra).
O Aves merece todo o reconhecimento pela forma inteligente como jogou, pela enorme massa humana que levou ao Jamor (tanta ou mais que a população da Vila das Aves!) e pela forma como o ignoraram durante toda a semana (e, pelo que vi num medley de notícias, em que só falam das reacções à derrota do Sporting, e às "lágrimas dos jogadores", etc, continuam a ignorar).

Uma palavra para Quim, que muitos não se lembram mas que chegou a ser o titular da Selecção: com quase 43 anos, numa exibição magnífica e provavelmente no último jogo da carreira, o bom e velho Quim ganhou finalmente a Taça que não tinha. Já tinha perdido finais, já tinha sido goleado numa meia final há dez anos precisamente pelo Sporting (já com Rui Patrício do outro lado), mas na última oportunidade possível, já quase fora de prazo, agarrou no troféu, e logo como capitão. Talvez Buffon tenha saído da Juventus cedo demais.

Nos últimos anos, o vermelho tem levado sempre a melhor no Jamor. Fica-lhe bem.

Para acabar, Rui Patrício, William e Gelson: limpem as lágrimas e sobretudo a cabeça. Há uma taça do Mundo para ganhar e precisamos de vocês.

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