Por razões infelizmente mais relevantes não pude dar no momento a atenção que as eleições mereciam. Mas não deixei de olhar bem para os resultados, e logo à partida, antes das previsões da Geringonça, da resistência do PSD, do desastre do CDS e da multiplicação dos PANs, reparei na entrada dos três novos partidos no parlamento, das diferenças entre eles e das semelhanças.
Um é libertário/liberal clássico, outro de direita musculada e populista e outro de esquerda europeísta (e agora africanista) e semi-radical. São por isso muito diferentes, ideologicamente falando. Mas têm em comum não terem grandes figuras mediáticas, mesmo se o Chega tinha um comentador da bola; e se repararmos bem, o Livre, há quatro anos, tinha carradas de gente conhecida e falhou com estrondo. Desta vez o Aliança, comandado por um dos políticos mais conhecidos deste país (e que anda há dois anos era o mais desejado pelo PSD para a disputa da câmara de Lisboa), teve um resultado patético para as expectativas a que se propôs. Também o RIR e o PDR, com candidatos mediáticos, falharam nos seus intentos. No caso do último, a inclusão de Pardal Henriques nas listas de Lisboa redundou em menos de 2000 votos.
A outra grande semelhança entre os que entraram na AR é que quase não têm sigla nem a palavra "partido" no nome. Nenhum deles. É significativo quanto ao prestígio dos partidos tradicionais e das designações mais simples que os substituem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário