Sim. Vi-os do princípio ao fim. Só me escapou o pequeno qui pro quo entre Sean Penn e Chris Rock. O mestre de cerimónias, entre guinchos e provocaçõezinhas, lá conseguiu guiar a sessão. Mas Billy Crystal faz sempre falta. E não é de esperar que ele regresse tão cedo. Não só por estar ocupado com 700 Sundays, na Broadway. Apenas porque já está cansado, e segundo o próprio, "I ´ve done that all my life". Isto ouvi eu da boca do próprio, num episódio a desenvolver nos próximos dias, quando falar da prometida viagem de há umas semanas atrás.
Gostei de ver o regresso dos velhos Jeremy Irons (também nas telas, com "O Mercador de Veneza" e "Being Julia") e Robin Williams. Adam Sandler irritou-me profundamente. As músicas não eram grande espingarda, com uma exaustiva Beyonce e um incrível Banderas + Santana, dignos de interpretar a música do "Menino-Guerreiro". Os Country Crows, que nem aprecio muito, safaram-se, talvez por serem os intérpretes originais.
Prémios: os secundários Morgan Freeman e Cate "A Musa" Blanchett deram-me as maiores alegrias. Jamie Fox julgo que também não desmerecerá - os outros, à excepção talvez de Eastwood, terão as suas oportunidades. Já Swank, apesar de merecido, repete-se, ainda que com uma carreira curta e intermitente; precisará sempre de papeis másculos? Gostava mais que Annette Benning tivesse sido a contemplada; a decepção era visível nos olhos da mulher de Warren Beaty. Para próxima têm a obrigação de ser justos com ela. Como não o foram com Scorsese muitas vezes, embora desta vez Clint merecesse mais o prémio. Está visto que os óscares não querem nada com Marty, embora o futuro o possa desmentir. Já os óscares de Melhor Argumento Adaptado, para Sideways (tenho bastante curiosidade em vê-lo, confesso), e o de Argumento Original, para Charlie Kauffman (não haja dúvidas que é original) ficaram, parece-me, bem entregues.
Mais bonitas: Natalie Portman; Annette Benning; Emmy Rossum; Penélope Cruz (apesar do penteado); Kate Winslet. Já Gwyneth Paltrow, Hale Berry (aqueles compridíssimos cabelos não caiem bem nem a uma nem a outra) e Hillary Swank podiam estar melhor. Não dei pela presença de Julianne Moore, Catherine Zeta-Jones, Liv Tyler ou Angelina Jolie. Nem da grande Maryl Streep. Mas pronto, veio Giselle Bundchen a acompanhar Di Caprio. Como compensação não pode haver melhor. Mas continuo na minha (e este senhor é da mesma opinião) : derramando o seu natural encanto, qual digna sucessora da verdadeira Hepburn (com a já referida Streep pelo meio), Cate, a Musa, mantém uma aura especial que a põe acima de qualquer outra. O amarelo-limão que envergava acentuava ainda mais o seu brilho. Lá onde estiver, no panteão reservado aos imortais, quem sabe se junto às verdadeiras estrelas, Khatarine sabe que a sua memória e o seu mito ficaram em boas mãos. Como aqui ficou expresso uns minutos antes do início da cerimónia, não há imagem da sessão deste ano que me pudesse deixar mais satisfeito.
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PS: sim, houve aqui umas alterações de última hora, em especial no que toca às imagens, mas creio que a "economia de posts" valeu a pena.
Um comentário:
Eu, que não sou entendido na matéria (nem lá perto), tenho em casa há umas semanas O AVIADOR em dvd, e sempre achei estranho que toda a gente desse por certos os oscares para esta película.
Confirmou-se.
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