Pronto, os albaneses que ocupam aquela escalavrada terra que dá pelo nome de Kosovo sempre declararam unilateralmente a independência. A coisa já se previa há pelo menos um ano, mas só agora se concretizou. Claro que os EUA e as grandes potências europeias se apressaram a reconhecê-lo como estado independente, coisa que não era senão o seu objectivo primeiro. A Grande Albânia, sonho dos ilírios, de maioria muçulmana materializa-se, deixando de rastos o sonho da Grande Sérvia. O Kosovo, que só existiu na antiguidade com o esquecido nome de Dardania, e com características completamente diferentes, nasce assim como estado artificial de povo albanês em solo ex-sérvio, porque o bloco ocidental assim o quis, governado pelo ex-comandante do UÇK, uma milícia terrorista como ligações a grupos radicias islâmicos.
Mas a Rússia não está com meias medidas e tudo fará para embargar de iure o reconhecimento onusiano de semelhante estado. E faz outras retaliações, mostrando mais uma vez que está ao lado da Sérvia e reassumindo em pleno a liderança do bloco ortodoxo da Europa Oriental. A Grécia, Roménia e Chipre também não estão pelos ajustes, e só a Bulgária, estranhamente, é que dá o dito por não dito, ora contra o novo estado, ora a favor. Os tempos mais próximos prometem. Os sérvios não aguentarão novas humilhações. Desconfio bem que a paz podre que reina nos Balcãs não durará muito mais tempo.
Como complemento, este comprido texto do Estado Sentido, que com factos históricos e algumas revelações mostra bem como a vontade de certas de cúpulas pode invabilizar a harmonia internacional.
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