Desventuras da política portuguesa
O fim de semana político que passou não deixa antever nada de bom. O congresso do PS não passou de uma união de forças em torno do líder, com brados guerreiros ribombando pelas estruturas da Exponor, promessas de sangue, estandartes e bandas sonoras de épicos. Dizia Daniel Oliveira, com certa piada, que cetos congressos do PCP eram um modelo de pluralismo ao lado daquele, e que só faltava aparecer um qualquer membro da família Kim Il da Coreia do Norte. E até Mário Soares reconheceu que aquilo era mais um comício do que um congresso onde se debatiam moções...
Tivemos também as infelicidades de Cavaco, ao dizer que "teria de haver alguma imaginação de Bruxelas" para encontrar "um programa interino de ajuda financeira a Portugal". Na volta, teve de ouvir a sibilina e grave resposta do comissário Ollie Rhen: "Já mostrámos muita imaginação e especialmente responsabilidade na forma como devemos superar as dificuldades económicas de Portugal. Preferia não ter um diálogo público todos os dias com os actores políticos portugueses, por quem tenho grande estima"
No meio disto tudo, o líder da oposição lembrou-se de convidar a mais incrível alternativa possível (de quem ninguém se lembraria) para encabeçar a lista do PSD por Lisboa. Por mais um punhado de votos, mas pensando num repente, com o plano em cima do joelho.
E o FMI já aí está.
Um comentário:
alguem apague a luz pf...!!!
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