domingo, julho 10, 2016

Que se dissipe o nevoeiro


É para dias como os de hoje que os poetas mais são necessários.


Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra...
Que é Portugal a entristecer –
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo - fátuo encerra.

Ninguém sabe que coisa quer,
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...

É A HORA!


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