quarta-feira, março 06, 2019

Sobre o festival e a criatura vencedora


Posso dizer, com elevadíssimo grau de probabilidade, que não vou mudar a opinião que tenho do vencedor do último festival da canção, essa grande instituição. Desde o início que embirrei severamente com Conan Osíris, desde o nome até à figura, contando obviamente com a música. Aos primeiros acordes achei logo que aquilo não era nada. E a crescente popularidade sempre me pareceu um hype exageradíssimo com fortes suportes externos (como por exemplo, actuar na Casa da Música em plena noite de visita livre. Não havia mais ninguém?). Depois de ouvir a "canção" vencedora fiquei ainda mais com essa impressão (e ainda não tinha ouvido o discurso "bué da cool" da criatura). Não, aquilo não é música, não tem piada, a letra não é subtil, e podendo ser original, é o exemplo cabal do que é original mas não é bom.
É verdade que à partida não gostei da música de Salvador Sobral, que a interpretação e imagem me causavam estranheza, e que depois mudei de opinião. Mas aí estamos a falar de um músico a sério, cuja imagem era prejudicada por graves problemas de saúde. Aqui, ou o tipo está a gozar com o pagode - a começar pela "classe artística" que o anda a incensar e a compará-lo com o Variações (há mesmo um que diz que "é parecido mas mais afinado"!!!) e que demonstrará quão ridícula pode ser - ou é um dos actos de propaganda mais estranhos de que tenho memória. Em todo o caso, a mim não me convencem, nem que ganhe o festival. E se aquela israelita a cacarejar vestida de japonesa ganhou, não é impossível que este consiga fazer o mesmo.

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