sábado, junho 29, 2024

A nova imagem externa da UE

No meio de tantos encómios e "felicidades" pela escolha de António Costa para presidir ao Conselho Europeu, não vi quase ninguém falar da outra estreante em altos cargos, a estoniana Kaja Kallas. E erradamente, a meu ver. Se há uma coisa que se pode prever desde já é que ela não vai dar má imagem à política externa da UE.




















quinta-feira, junho 13, 2024

Rescaldo das europeias

As europeias já ficaram para trás, mas há lá coisas que me continuam a intrigar. Por exemplo, o facto de o PS ter voltado a ganhar com uma cabeça de lista sofrível (embora não tanto como o esquecido Pedro Marques). Como é que Pedro Nuno Santos pode afirmar que ao ficar em primeiro lugar o PS é "o maior partido nacional"? São as europeias que determinam isso? É que nem o PS europeu ficou em primeiro e até baixou. A única coisa que PNS pode festejar é o facto de ter evitado a 4ª derrota seguida e portanto ter ganho algum fôlego. E no entanto talvez tenha convencido Montenegro, que, num amaciado discurso eleitoral, deu-lhe algumas benesses, com o apoio à candidatura de António Costa ao Conselho Europeu e os elogios ao trabalho de José Luís Carneiro. Abstenção do PS ao próximo orçamento à vista?

Outra coisa intrigante é a "vitória não tão grande assim" do Chega. Só mesmo os fanáticos que seguem Ventura faça sol ou faça chuva, diga ele o que disser, é que corroboram. A comparação com as europeias de há 4 anos fazem pouco sentido, tendo em conta que entretanto houve 3 legislativas e na última tinham tido o dobro dos valores, que colocaram a fasquia em 4 eurodeputados no mínimo e em que até o seu grupo no PE cresceu muito menos do que o esperado. É que nem vitória pírrica houve.
Vitórias pírricas tiveram também o BE e a CDU, que conseguiram à última segurar o lugarzinho, mas não disfarçam a sensação de perda contínua. O Livre ficou próximo mas à porta, sendo por isso um dos derrotados, embora não tanto como o PAN, que conseguiu ficar atrás do ADN (mais enganos?). Já Sebastião Bugalho atingiu o número a que se propunha, mas como ficou em segundo, teve uma derrotazinha. Cotrim e a IL são mesmo os que tiveram mais razões para sorrir, só faltando mesmo ultrapassar o Chega.
Mas resultados nacionais? Tirem daí a maior parte do sentido.

PS: Mas o vencedor do fim de semana ficou conhecido ainda antes das eleições, logo no Sábado: Jarvis Cocker, evidentemente. Pena o Brexit, senão teria votado nele para o Parlamento Europeu.