Ao vir hoje chamar "ditador" a Zelensky e ao culpá-lo pela invasão russa, entre mentiras que inventa constantemente nesta era que (em parte graças a si) muitos chamam de "pós-verdade", Trump mostra de novo que é um fora da lei com um poder imenso. Outra coisa não seria de esperar de alguém que incita à invasão do Capitólio, que afirma estar "acima da lei" para governar o país e que considera ter imunidade plena.
Já sabíamos que isso se aplicava aos EUA, mas agora vemos que também estende a outras paragens do mundo. Do "resort em Gaza" à custa de quem lá vive às declarações sobre a Ucrânia, desde querer ficar com as terras raras até determinar quando e se há eleições ou não, tudo isso é revelador que na Casa Branca vive um puro salteador de estrada, que põe e dispõe de povos e países em prol dos seus interesses pessoais, acolitado por um sociopata tecnológico e um conjunto de lambe botas servis.
Que se dê com Putin, um mafioso encartado, não espanta nada: quando é para determinar interesses próprios, os criminosos dão-se todos muito bem, com o intuito de dividir o saque. Não adianta nada dizer que a constituição ucraniana determina que não possa haver eleições em caso de estado de sítio e que estas não têm possibilidade prática de ocorrer a curto prazo, porque pouco importa a esta gente a lei e o direito (e menos ainda a moral).
É esta gente que manda nos EUA e na Rússia: sociopatas, saqueadores e inimigos da nossa sociedade. Infelizmente temos também na Europa quem lhes obedeça, de iludidos e colaboracionistas, seja por ódio à democracia liberal, seja por serem pagos para o efeito, como o corruptíssimo Orbán. E ainda há quem ache, quase blasfemando, que defendem valores cristãos. Quem os defende está internado num hospital em Roma e nada tem a ver com esta cáfila de salteadores.
E pensar que já nos anos noventa Bret Easton Ellis tinha colocado Trump como referência máxima da amoralidade e ganância dos "american psychos". Teria Reagan, que dominava nessa altura e que era até agora a referência do partido republicano, previsto uma política tão contrária à sua?
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