sexta-feira, julho 01, 2005

Emídio Guerreiro 1899-2005



Voluntário ao Corpo Epedicionário Português da 1ª guerra Mundial; participante na revolta "reviralhista" de 1927, no Porto; combatente na Guerra Civil de Espanha, de onde fugiu por mar, vendo as tropas nacionalistas entrar em -Vigo; membro da Resistência francesa na 2ª Guerra; exilado político; fundador do LUAR; fundador e presidente interino do PPD; republicano, maçon, anti-fascista e anti-comunista; insigne professor e matemático: eis o currículo de emídio Guerreiro, um combatente da liberdade, generoso e lúcido até ao fim, de uma memória e vivacidade desconcertantes. Um decano que agora desapareceu, pouco depois de outro estimável centenário do nosso regime, Fernando Valle. E é curioso que, poucas semanas depois de a maioria gabar Álvaro Cunhal como um exemplo de resistência e coerência (que era), nos deparemos com a partida deste homem que, além de igualmente resistente e coerente até ao fim com os princípios que advogava, teve ainda outra virtude: o de ter combatido pela liberdade, onde quer que estivesse. Não pela sua nem das suas ideologias, mas pela liberdade de todos, seja quais forem as ideias ou crenças.
É mais uma referência que desaparece. E que nos faz muita falta. Há que por isso honrar a sua memória e seguir o seu exemplo de lutador pela liberdade.

2 comentários:

Freddy disse...

Pena...
Abraços da Zona Franca

mfc disse...

Um D. Quixote que um dia quis ser Che Cuevara!
Um profundo respeito.