sexta-feira, julho 08, 2005

London under attack





E o inevitável aconteceu: a capital britânica sofreu ataques terroristas nos seus pontos mais vulneráveis, mas, um pouco paradoxalmente, mais esperados: os transportes públicos, aqueles que diariamente transportam milhões de traseuntes ao longo da imensa metrópole.
Verdade seja dita que estes atentados não foram propriamente uma surpresa. De certa forma, eram uma horrível invitabilidade, como Jack Straw já o tinha reconhecido aqui há tempos. Pela sua dimensão, importância e cosmopolitismo, pelo facto de ter sido um dos principais intervinientes no Iraque ( o que me parece ser apenas um pretexto), pela cimeira do G8 se realizar em Edimbrugo, e, quem sabe, pela escolha da cidade para acolher os jogos Olímpicos de 2012, - apesar da demora que deve dar elaborar um plano homicida como este - Londres era talvez o alvo mais previsível dos fundamentalistas islâmicos.
O futuro? Provavelmente reserva-nos mais atentados, mas também, como demonstrou Tony Blair, a convicção firme de que o terrorismo islamita está condenado ao fracasso, como todas as tentativas totalitárias de submeter a civilização desde o aparecimento das ágoras. Até lá, há que manter um combate determinado mas inteligente, sem contemplações mas também sem espalhar ódios inúteis, através da coordenação internacional entre os serviços secretos, o fim das mesquitas e madrassas escondidas dos olhares do mundo, e a fiscalização de certos arsenais militares (como os da Ex-URSS), entre outras coisas.
E, claro, prosseguir com o processo de paz no Médio Oriente.

(Para uma descrição na primeira pessoa dos acontecimentos aconselho a leitura dos posts de Fernando Albino, no Quinto dos Impérios).

PS: ao que parece, a Al-Qaeda terá assassinado o embaixador egípcio no Iraque. Um dia proveitosos para facínoras, portanto.

2 comentários:

Freddy disse...

Qual será a seguinte?..

Abraço da Zona Franca

mfc disse...

A pergunta nunca foi "se iria haver um atentado"... mas QUANDO ele se realizaria!