Em Setembro, por confusão de datas, falhei a festa da Senhora da Pena, em Mouçós, Vila Real, embora estivesse a poucos quilómetros. O interesse do evento era o de os andores terem uma dimensão anormalmente elevada, tanto que este ano concorriam para o Guiness com um de 22 metros de altura, sustentado por 50 almas.
Não estive nessa festa nem na Srª da Almudena, às portas de Vila Real, e muito menos na famosa romaria dos Remédios, em Lamego, no mesma fim de semana. A época estival é abundantíssima em festas populares em honra do Santo ou da Santa y, ou de Nosso Senhor de Qualquer Boa Aventurança. São as descendentes directas dos cultos sazonais pagãos, de recordações milenares. quem viaje por Trás-os-Montes nessa estação, por exemplo, vê cartazes alusivos em todos os concelhos e freguesias, e o mesmo se passa noutras regiões.
Este ano, no Minho, depois do Santo António de Famalicão (que apanhou com uma tromba de água) e do S. João em Braga, havia festas dia-sim dia-não: as de Cerveira; as Gualterianas de Guimarães; a Stª Rita, em Caminha; as de Valença; as de Paredes de Coura (logo antes do festival); a Senhora da Agonia, em Viana; Senhora das Dores, em Monção, apesar da mais conhecida ser a da Coca, no Dia do Corpo de Deus; o S. Bartolomeu, em Ponte da Barca e povoações do concelho de Esposende; e ainda a Senhora dos Navegantes, em Âncora; e, para finalizar, as Feiras Novas de Ponte de Lima, que fecham a saison de festas. E não esquecer os novos gêneros que estão a surgir por toda a parte: as feiras medievais, uma categoria de eventos que serve de filão renovado a muitos concelhos e que prometem concorrer com as tradicionais festividades. Ou complementá-las. Seja como for, ainda é cedo para avaliá-las, mesmo porque até ao momento só se destacaram as de Santa Maria da Feira. A confirmação pode vir no próximo Verão, que este ano, só resta mesmo o de São Martinho.
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