A polémica das seringas
Tem toda a razão este texto de Filipe Nunes Vicente no Mar Salgado. Até ao momento em que se começou a falar de troca de seringas na prisão, não se comentava o assunto nem se propunham soluções. Agora que estes novos métodos para impedir a expansão de doenças infecto-contagiosas vão ser aplicados, só se ouvem exclamações como "afinal parece que há droga nas prisões", ou "não se deve estimular o consumo, e sim impedi-lo" . Mas que há consumo nas prisões já se sabe há que tempos! Uma prisão não é um jardim infantil, é um local de suposta regeneração ou de isolamento daqueles que desobedecem às regras da sociedade, onde a droga corre, como uma escapatória imaginária às grades, onde há violência, homossexualidade imposta, presos com mais status que outros, suicídios. E só agora é que se apercebem disso? Parece até que é uma revelação do Apocalipse. E que medidas alternativas haverá? Existirão algumas, com certeza, mas até conseguirem ser implementadas mais vale aliviar o drama prisonal. Por isso, concordo totalmente com a troca de seringas nas prisões. Diminuír flagelos como a SIDA e outras doenças parece-me um bom princípio, e os bons exemplos vêm-se como de costume em países onde estes métodos são já correntes.
terça-feira, novembro 07, 2006
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