O novo programa de António Barreto, apesar de alguns momentos mortos, é admirável. Depois de confrontar as melhorias em termos sociais e económicos dos portugueses nos últimos trinta anos, com a triste realidade da velhice, num conjunto de entrevistas comoventes a alguns utentes dos centros de dia, e com os distúrbios dos divórcios, mostrou ontem a evolução da actividade económica do país. Da agricultura com arado ao abandono dos campos ou a novas formas de cultura, num solo gasto e maltratado; da industrialização tardia, caracterizada pelas fábricas têxteis ou pela construção naval, à falência de muitas empresas obsoletas e ultrapassadas, ou em que as novas máquinas substituem os trabalhadores; tudo isso, até à actual era da pós-industrialização, a dos serviços e do sector terciário, sem termos passado por um período de verdadeira revolução industrial. Um olhar atento e lúcido à realidade portuguesa, com os seus reais protagonistas que viram as mudanças com os seus olhos e que as sentiram com as suas mãos.
E agora até para asemana, que o blogue descansa em tempo pascal. Uma Santa Páscoa a todos.
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