quarta-feira, março 16, 2011

Crepúsculo nipónico

Depois do terramoto e do arrasador tsunami, as explosões em centrais nucleares e a ameaça radioactiva que já chegou a Tóquio relembram o pesadelo de Tchernobyl. Faz sentido perguntar que mal terá feito aquele povo a Deus para ser vergastado desta forma apocalíptica. É que além dos desastres naturais, são de novo vítimas, como mais ninguém, da energia atómica, quase setenta anos depois do Enola Gay. Pode juntar-se a isso a previsível recessão económica. O fantasma de Hiroshima e Nagasaki paira de novo sobre o país do sol Nascente. E os japoneses bem precisam do seu brilho e da sua energia, muito menos danoso que a atómica, no momento mais difícil que atravessam desde a Segunda Guerra Mundial.

PS: facto raríssimo, o Imperador falou em directo na televisão, demonstrando a sua enorme preocupação pelas catástrofes que assolam o Império do Sol Nascente. E quando o soberano se dirige directamente pela comunicação social aos japoneses, é manifestamente um sinal de apreensão e de gravidade extrema.


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