sexta-feira, março 18, 2011

Losing my Religion


Há vinte anos, por esta altura, os REM lançavam o álbum Out of Time, que os catapultou do estatuto indie que ainda detinham para um lugar de topo entre as maiores bandas do Mundo. Mais country do que rock (os dois estilos mais óbvios da banda), a sua popularidade deveu-se muito a Losing My Religion, o primeiro single. A música tornou-se um dos cartões de visita da banda, que chegou a afirmar ser a única que nunca poderia falhar em nenhum concerto, e o seu videoclip era, pelo menos até há poucos anos, o segundo mais rodado de sempre da MTV (o primeiro lugar cabia a Smells Like Teen Spirits, dos Nirvana). E além da importância pessoal que tinha para a banda, nunca deixou de ser o seu single mais popular e reconhecível, um autêntico som de marca.

Provavelmente, e dado o meu escasso interesse por música na altura, não lhe dei grande atenção. Com o tempo, tornou-se uma das minhas canções favoritas. Ouvi-a obsessivamente, decorei a letra e os ritmos, vi-a duas vezes tocada ao vivo nas duas visitas da banda a Portugal, só nunca a aprendi a tocar. O ritmo sulista do bandolim, a melodia serpenteante, a letra que evoca uma utopia perdida ou uma desilusão, o video ousado e barroco, formam todo um conjunto viciante e mágico, uma composição que raramente se consegue juntar.

Já não a ouço tanto, mas ainda hoje é uma das minhas preferidas. As músicas intemporais nunca passam de moda, ainda que passem décadas ou séculos.


2 comentários:

Freddy disse...

Um all time favorite... Ouço-a regularmente, adoro o bandolim! :)

João Pedro disse...

É mesmo esse o som que marca e distingue a melodia.