sábado, abril 07, 2012

Derrotas imorais (ou o contrário de uma vitória pírrica)


 

Há no desporto desaires que geram mágoa, frustração, depressão, vergonha. Outras, pelo contrário, geram revolta, orgulho e determinação para os desafios seguintes. O jogo do Benfica em Londres, frente ao Chelsea, pertence claramente ao segundo grupo. Depois de um desaire por uma bola na Luz, num jogo em que os ingleses pouco atacaram e puderam agradecer a não marcação de uma grande penalidade escancarada, o Benfica chegou a Stanford Bridge sem um único central de raíz, sofreu um golo de penalty cedo, viu Maxi ser expulso sem que se percebesse o primeiro amarelo, ao mesmo tempo que o resto da equipa era corrida a cartões e a equipa de Abramovitch escapava pelos pingos da chuva. Ainda assim, os jogadores do Benfica atacaram sempre que puderam, tiveram tantas ou mais oportunidades de golo que o adversário e chegaram a marcar a cinco minutos do fim, antes de sofrerem o segundo golo nos descontos, em contragolpe. Não é uma "vitória moral", é antes uma derrota imoral
Quando nas aulas teóricas de futebol se quiser dar o exemplo de uma equipa que caiu de pé e lutou até ao máximo das suas forças com o mínimo de condições e entre incríveis adversidades, pode colocar em primeiro lugar o video do bravíssimo Benfica de Stanford Bridge.

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