Se há coisa que não se pode dizer depois das eleições na Catalunha é que alguma é previsível e simples. É a velha questão dos copos: se por um lado os partidos independentistas repetem a maioria absoluta (se juntarmos tudo, claro), por outro é a primeira vez que um partido não regionalista ganha as eleições naquela região. Se o PP de Rajoy leva uma banhada histórica, a CUP anticapitalista e independentista radical leva outra. E se Puigdemont ontem dizia coisas como "a república catalã (qual?) venceu a monarquia espanhola", hoje já vem pedir a Rajoy que se sentem a discutir e diz que não precisa da CUP para nada.
Espera-se que não precise realmente, e que sem os radicais que preferem os jihadistas aos turistas a gritarem-lhe ao ouvido, consiga uma solução que traga benefícios para a Catalunha sem contudo se tornar num novo país. Porque é isso que dizem os votos: a maioria dos eleitores não quer um país independente, mas há um número suficiente para que se procedam a mudanças. E Rajoy, que é um sobrevivente, já esgotou o número de se fazer de morto.
E entretanto, novos protagonistas ganham mais espaço. Contem com eles.
PS: Sábado há Real Madrid - Barcelona. Bom auscultador dos humores no país vizinho.
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