Recuperar o atraso
Tento recuperar o atraso de quase uma semana sem posts, por uma mistura de impossibilidade e de inércia. Não é fácil. Mais vale sintetizar.
Lamentavelmente só agora faço menção ao Café Blasfémias. Os nossos liberais portuenses (e portistas, na sua esmagadora maioria) organizaram a sua tertúlia no Café Guarany, em plenos Aliados, com o tema "porque é que a direita quando chega ao poder não é liberal?". Não sendo tão "liberal" como os caros blasfemos, também por lá passei, uns quarenta minutos no início, tendo saído depois por inadiáveis compromissos, e, lamentavelmente, apenas assisti depois aos cinco minutos finais, comprometidos por problemas audio-técnicos. Não pude assim apanhar toda a discussão que se seguiu, versada sobre o estatismo do povo português - contra mim falo, que me reconheço prioritariamente socil-democrata - e um certo reaccionarismo da direita portuguesa, embrulhada em décadas de salazarismo. O grosso dos tópicos da discussão pôde ser visto no próprio blog (sobretudo nos posts do dia treze de Julho). De qualquer forma, compensei a perda do debate com uma interessante conversa com vários blasfemos, sobretudo o LR e o PMF.
(foto da tertúlia no Vilacondense)
Três dias particularmente tumultuosos para o Benfica. No Sábado, balde de água fria, com o quase contratado Tomasson a preferir assinar pelo Estugarda, que lhe oferecia melhores condições financeiras. No Domingo, jogo grande com o Chelsea de Mourinho, e aoportunidade de mostrar o plantel. Apesar do resultado adverso, deu para ver que o SLB tem mais soluções no plantel, além de alguns jovens promissores da cantera. só no ataque é que se nota a mesma debilidade finalizadora. E nesta altura não será fácil encontrar um artilheiro disponível. Se Nuno Gomes ao menos regressasse aos seus tempos pré-Fiorentina...
Já na Segunda veio a notícia da rescisão unilateral de Miguel. Motivo? Estar no início do período experimental do contrato de trabalho. Porque, alega o representante do jogador, trata-se de um novo contrato, não de uma prorrogação do anterior. Mas, se assim é, porque é que Miguel ganhava os salários correspondentes a este contrato desde a sua assinatura? E o período experimental dá-se na altura de adaptação mútua do trabalhador e da entidade patronal (por isso mesmo é que é experimental), não com anos ao serviço dessa mesma entidade, contrato renovado ou não. E Miguel já está no SLB há cinco anos.
Trata-se de mais uma manobra de "chico-espertice" do célebre Dias Ferreira, ao que parece jurista, e senhor de anti-benfiquismo doentio, bastante superior ao seu sportinguismo. Depois de afirmar, a 4 de Julho, que o contrato de Miguel não era válido, e que o anterior tinha caducado a 30 de junho - estranho como é que ninguém o contratou logo - e depois que o jogador não tinha "condições psicológicas para continuar no Benfica", surge agora com esta autêntica história da Carochinha do período experimental. Imagine-se: um jogador que há cinco anos está no clube invocar tal facto incorre em absurdo total, já que, mesmo que no extremo a tese pudesse estar certa, Miguel nem sequer se apresentou aos trabalhos, logo não houve sequer hipótese de adaptação.
Por causa disto, o Benfica poderá receber menos do que pedia pelo jogador, e só daqui a uns tempos, já que com certeza jamais voltará a equipar de águia ao peito. Não sei bem como vai acabar esta história, mas desconfio que não vai acabar a favor de Miguel.
Lance Armstrong vencerá pela sétima (!!!) vez consecutiva o Tour? É assustador, mas parece que é o que vai acontecer.
terça-feira, julho 19, 2005
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5 comentários:
E ainda vais ver o Miguel no Porto!Vai uma apostinha?
Abraço da Zona Franca
não me parece que o porto se queira meter no meio desta confusão. Apesar das suas faculdades estarem por baixo, o velho Pinto da Costa joga com prudência.
O Miguel quer é ir para o estrangeiro a toda a força, mas em cada novo passo dá um tiro no pé (o que, convenhamos, deve limitar um pouco a sua patética marcha).
Até concordo ctg no q toca aos tiros no pé...
Abraço da Zona Franca
Espero que nao acabe a favor do jogador mesmo. Seria uma injustiça. É importante estes senhores empresarios aprenderem que isto não é como hes apetece. Só assim os jogadores, como o Miguel, lhes param de dar ouvidos.
Abraço
Esta do Miguel brada aos céus...
Não tem ponta por onde se lhe pegue!
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