Não ando muito a par da pré-campanha e acompanhei apenas em parte os debates entre os principais candidatos. Do caso "Fim do Jornal Nacional" fiquei com a ideia, tal como a maioria das pessoas, que se tratava de um favor desastrado sem aviso prévio a Sócrates e que o prejudicou mais do que ajudou (embora as lágrimas de Moura Guedes pouco efeito façam no meu coração empedernido).
Constato é outra coisa, óbvia mas inquietante para todos os que falam na "renovação do panorama político": os líderes partidários , com excepção de Manuel Ferreira Leite (que pese o facto de ser mulher, é tudo menos uma imagem de frescura e novidade na política), são os mesmíssimos de há 4 anos. Sócrates é o chefe de Governo que pretende manter-se no poder mesmo sabendo que a maioria absoluta já lá vai; Jerónimo, para a média de tempo que os SGs do PCP ocupam no lugar, até está há pouco tempo; Portas, na ânsia do poder, não soube fazer a travessia do deserto que se impunha e voltou a reger o Caldas; Louçã, esse, camuflado no cargo de "coordenador" do BE, para dar uma ideia de "libertarianismo" e "democracia popular" como se não houvesse hierarquias, é o eterno rosto do Bloco. Depois há quem porque é que cada vez menos os partidos atraem. Fácil de ver, não é?
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