O livro Confronto - História de uma Cooperativa Cultural, de Mário Brochado Coelho, foi lançado há dias, no Porto. É uma espécie de resenha histórica, cronológica e onomástica, com extensos dados, apesar de ser um livro relativamente pequeno, recordando uma cooperativa cultural de oposição ao Estado Novo. A Confronto surgiu nos anos sessenta, pela mão de sectores católicos oposicionistas, inspirada pelo Concílio do Vaticano II e pelo afastado Bispo do Porto, D. António Ferreira Gomes, e durante a sua existência teve extensa actividade cultural e social, para além dos problemas inerentes a qualquer instituição que não estivesse nas boas graças do regime vigente, o que deu origem a várias atribulações e diversas mudanças de sede. Dela fizeram parte, além do autor do livro, pessoas como Francisco Sá Carneiro, Artur Santos Silva, coisa que já sabia, e outros que ignorava de todo em todo, como Jardim Gonçalves. Teve existência efémera - acabou antes do 25 de Abril - e posteriormente os seus membros dispersaram-se por várias formações partidárias saídas da Revolução, da UDP ao PSD. Todavia, sua memória e a sua história são dados importantes para se perceber melhor os circuitos da oposição ao regime fora da área de influência do PCP nos últimos tempos do salazarismo e na era marcelista.
sábado, julho 31, 2010
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