Desapareceu hoje, vitimado pela doença que já em tempos o apoquentara, o melhor Ministro das Finanças das últimas décadas, um dos poucos que não escondeu a situação caótica das contas públicas aos portugueses. Exerceu o cargo no mais impopular governo da III República, o do Bloco Central. Teve de recorrer ao FMI, adoptar uma autêntica política de austeridade e tomar medidas draconianas. Foram tempos atribulados, mas graças a ele e à entrada de Portugal na CEE, com os fundos subsequentes, seguiram-se anos de prosperidade e estabilidade como o país já não se lembrava. Cavaco Silva deve-lhe uma fatia de leão das suas maiorias absolutas pela trabalho realizado, mas lamentavelmente sempre o ignorou. Numa altura em que atravessamos uma grave crise financeira, económica e moral, não é apenas triste perdermos homens assim: é desolador.
quinta-feira, dezembro 02, 2010
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