O pior ficou reservado para o fim. Cavaco Silva, aplaudido pelas jotas e pelos apoiantes que a máquina da sua candidatura deslocara para o CCB, o monumento símbolo do cavaquismo, resolveu enaltecer certas áreas a que ele próprio jamais deu a atenção devida, como a agricultura, e lançar violentos ataques rancorosos aos que lhe "lançaram infâmias", sem saudar os adversários, antes achincalhando-os sem nunca referir os seus nomes (viu-se no repetido "foram cinco contra um", o que além de não ser verdade revela que, com esta curiosa expressão, Cavaco tem uma noção do cargo ainda mais solitária e unipessoal do que se julgava). O reeleito, que se calou durante grande parte da campanha, como é seu hábito - como se um candidato não devesse ser o mais transparente possível - aproveitou o momento em que já nada lhe podia acontecer, e em que os ex-adversários já se tinham pronunciado, para os atacar da pior forma, alçando-se em grande referência moral, lançando ainda suspeitas de que havia uma campanha da comunicação social contra ele, fonte de "calúnias". Nunca um seu antecessor chegara a tais extremos, nem Sócrates, com a sua "campanha negra" (recorde-se que em 1996, quando ganhou, Jorge Sampaio, entre as comemorações, ordenou que fosse retirado um gigantone que ridicularizava Cavaco Silva). E no fim não houve sequer possibilidade dos jornalistas lhe fazerem perguntas. O pior do cavaquismo (arrogância, covardia, falta de transparência, até o novo-riquismo da pompa) ficou exposto ali.
Mas ao fazer semelhantes ataques, Cavaco mostrou, até explicitamente, que não era presidente de todos os portugueses, mas apenas de uma facção. O embuste do cargo de presidente da república como líder uno de um país e de um povo caiu assim, definitivamente, por terra. Já havia indícios, mas esta é a prova definitiva, magnificamente servida por Cavaco. Um chefe partidário, que é reconhecido pelos seus eleitores e odiado pelos adversários: eis a essência do cargo. A falta de confiança em tal figura cresceu ainda mais com a abstenção e os votos nulos e brancos, de tal forma que há até quem proponha que seja eleito no Parlamento. Seria o total descrédito e o golpe final na 3ª república.
Um comentário:
A DGERT tem por missão apoiar a concepção das políticas relativas ao emprego e formação profissional e às relações profissionais, incluindo as condições de trabalho e de segurança saúde e bem-estar no trabalho, cabendo-lhe ainda o acompanhamento e fomento da contratação colectiva e da prevenção de conflitos colectivos de trabalho e promover a acreditação das entidades formadoras. Tudo uma grande mentira, as provas são dadas com o despedimento colectivo de 112 pessoas do CASINO ESTORIL
“Para Os Trabalhadores da empresa casino estoril no final se fará justiça, reconhecendo a insustentabilidade de um despedimento Colectivo oportunista promovido por uma empresa que, para além do incumprimento de diversas disposições legais, apresenta elevados lucros e que declara querer substituir os trabalhadores que despede por outros contratados em regime de outsoursing”.
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