As tempestades que na semana passada fustigaram a costa portuguesa, com ondas que chegaram aos dez metros, não pouparam nenhuma região.
As vagas atacaram as dunas de Moledo (que já de si estavam vulneráveis, e que há vinte anos que têm vindo a recuar), derrubaram o passadiço de madeira e a marca das milhas, uma sentinela de pedra que ali estava para lá da memória, e por pouca não fizeram o mesmo ao moinho que serve de abrigo de veraneantes. O mar merece sempre respeito, especialmente no Inverno e em estâncias balneares, mas neste caso, e para quem conhece Moledo, provoca sobretudo temor. As imagens da duna tão frágil e do moinho sobre o precipício são angustiantes. Urge reconstruí-la e devolver a imagem de marca e a dignidade da praia mais setentrional de Portugal.
Fotografias retiradas de A Origem das Espécies.
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