Um indivíduo que se prostitua e tenha SIDA e outras doenças, como aquele que um bando de desvairados matou na última semana, corre o risco de ser considerado não só um indesejável pela restante sociedade, mas algo de imundo cuja existência não pode ser tolerada. É isso que temos tendência para pensar, por muito que o neguemos.
Provavelmente só crimes como estes é que nos fazem ver que pessoas como estas não são um mero resíduo a que se deva voltar a cara. A forma como o mataram, espancando-o, apedrejando-o, deixando-o amarrado e a agonizar ao frio durante dois dias mostra a bestialidade do acto. A confissão e o remorso do crime mostra que há talvez uma centelha de senso moral naquelas cabeças. Mas é muito pouco. E tardio.
E não me interessa se a vítima era gay, ou travesti, ou o que quer que seja, como agora andam as associações do tipo ILGAs a anunciar, e os respectivos contra-movimentos a contestar. Sei é que um gang de ganapos, sem valores, sem sentido do que quer que seja, com escassa capacidade de distinguir o certo e o errado, tentando fosse como fosse impôr-se perante alguém mais fraco, arranjou alguém debilitado e vulnerável como alvo das suas proezas. E tirou a vida a um desgraçado, ao abandono, sem nada de seu, que se escondia do próprio mundo num local degradadíssimo. Um crime do mais cobarde, vil e repugnante que se possa imaginar.
Que será feito destes adolescentes quando crescerem?
Um comentário:
Mas toda a sociedade vive mais descansada, desresponsabilizada e tranquila por aquilo ter acontecido a um pobre desgraçado daqueles...
Subterfúgios incríveis!
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