Para quem acha que o fanatismo advém apenas das religiões, veja-se o que diz um comentador, que assina "Armando Quintas", na caixa de comentários de um post sobre o creaccionismo no blog De Rerum Natura:
"fanaticos sao os que vivem em funçao da religiao e todas as pessoas religiosas deste mundo são fanaticos por natureza, em maior ou menor grau..É obrigação das pessoas mentalmente sãs combater a religiao seja ela qual for e ajudar a destruir-las!"
Ao ler estas breves linhas é impossível deixar de se sentir um arrepio. O que ali está escrito é precisamente a representação de um dos maiores fanatismos que a humanidade já conheceu: o fanatismo ateu e materialista, cujo objectivo é "libertar os homens do obscurantismo religioso". Já houve inúmeras tentativas nesse sentido, desde o Culto da Razão Pura, até aos regimes nazis, soviéticos e maoístas, responsáveis pelos maiores massacres da história da Humanidade, pelo totalitarismo e pela eugenia, e em que a Albânia, o estado que se proclamou oficialmente ateu, derivou para um atraso e um isolamento sem paralelo. Centenas de milhões de mortos, como nunca houve em todos os séculos anteriores e,is no que deu a "sanidade" ateia: numa fila de horrores que alguns insistem em perpetuar, em nome da sua própria "razão". Como se a razão não fosse complementar à Fé.
A Fé despojada de Razão cai no fanatismo e na prepotência, como é tão visível no terrorismo islâmico de hoje. Mas a Razão Pura, que se proclama inimiga das religiões, conduz às piores acções que a mente humana já imaginou. No seu absolutismo, pretende eliminar a Fé e os crentes, substituindo-os por um vazio sem valores nem verdades, onde qualquer acto, por mais bárbaro que seja, será sempre "racionalmente" justificado.
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