A árvore de Natal
Depois da exposição no Terreiro do Paço, a Árvore de Natal de 76 metros patrocinada pelo Millenium/BCP aterrou nos Aliados. Parece que houve alguma euforia pelo feito, mas desconfio que com o passar do tempo ela vai esmorecer e transformar-se em resmungo. Já vi o enorme enfeite natalício em Lisboa, no ano passado. De noite, e à primeira vista, aquilo tem o seu encanto, principalmente a meia distância, quando aparece sem se anunciar.Mas depois de uma ou outra olhadela, aquilo já cansa. De dia, então, fica lá um trambolho inútil e esmagador, que tapa o tímido sol de inverno.
E depois, no Terreiro do Paço sempre estava mais à larga, podia estender à sua vontade os ramos de metal. Nos Aliados, mais comprida, com edifícios mais altos, aquilo tem um não-sei-quê de desproporcionado, esconde a Câmara para quem está lá em baixo e as Cardosas (mais o que está atrás) a quem está no alto da avenida. Não, esteticamente só mesmo à noite. E o preço a pagar por estar ali de dia é demasiado. Já que a coisa é do BCP, podiam tê-la deixado na vizinha D. João I, onde fica a sede social do banco, no Palácio Atlântico. Aí ainda ficava mais apertada, mas o que se perdia era propriedade do patrocinador. Mas parece que as empresas já não correm riscos como antigamente.
Pequena sugestão: a árvore fica este ano pelo Porto, e para o ano, evitando-se o efeito mais do mesmo, transmuta-se para outra cidade; todos os anos uma diferente localidade podia dar guarida ao monte de ferro com luzes - em 20012 pode ser Guimarães, como mais uma atracção da futura Capital Europeia da Cultura - até aquilo enferrujar; se o metal resistir à passagem do tempo, repetem-se alguns lugares, e lá para 2124 teremos a nossa árvore de novo. Resta saber quem é que nessa altura a vai patrocinar.
Depois da exposição no Terreiro do Paço, a Árvore de Natal de 76 metros patrocinada pelo Millenium/BCP aterrou nos Aliados. Parece que houve alguma euforia pelo feito, mas desconfio que com o passar do tempo ela vai esmorecer e transformar-se em resmungo. Já vi o enorme enfeite natalício em Lisboa, no ano passado. De noite, e à primeira vista, aquilo tem o seu encanto, principalmente a meia distância, quando aparece sem se anunciar.Mas depois de uma ou outra olhadela, aquilo já cansa. De dia, então, fica lá um trambolho inútil e esmagador, que tapa o tímido sol de inverno.
E depois, no Terreiro do Paço sempre estava mais à larga, podia estender à sua vontade os ramos de metal. Nos Aliados, mais comprida, com edifícios mais altos, aquilo tem um não-sei-quê de desproporcionado, esconde a Câmara para quem está lá em baixo e as Cardosas (mais o que está atrás) a quem está no alto da avenida. Não, esteticamente só mesmo à noite. E o preço a pagar por estar ali de dia é demasiado. Já que a coisa é do BCP, podiam tê-la deixado na vizinha D. João I, onde fica a sede social do banco, no Palácio Atlântico. Aí ainda ficava mais apertada, mas o que se perdia era propriedade do patrocinador. Mas parece que as empresas já não correm riscos como antigamente.
Pequena sugestão: a árvore fica este ano pelo Porto, e para o ano, evitando-se o efeito mais do mesmo, transmuta-se para outra cidade; todos os anos uma diferente localidade podia dar guarida ao monte de ferro com luzes - em 20012 pode ser Guimarães, como mais uma atracção da futura Capital Europeia da Cultura - até aquilo enferrujar; se o metal resistir à passagem do tempo, repetem-se alguns lugares, e lá para 2124 teremos a nossa árvore de novo. Resta saber quem é que nessa altura a vai patrocinar.
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