Não me vou pronunciar sobre a nossa passagem a uma fase final de um campeonato europeu pela 4ª vez consecutiva (o que é um feito, certamente). Um jogo decisivo que acaba a zero, toda a equipa a defender e com alguns nervos não merece muitas linhas. E sobretudo porque quase não vi o desafio, antes ouvi na rádio a 1ª parte, e depois, estando num jantar para o qual tinha sido convidado, apenas pedia para ver o resultado fina. Ao ver os jogadores abraçados com visível alívio percebi que a missão, pior ou melhor, tinha sido cumprida. Mas deu saudades daqueles jogos como o 3-0 sobre a Irlanda, e consequente satisfação e festejos nas ruas.
Mas pior, muito pior, estão os ingleses. Com o pássaro na mão, foram batidos em casa pela Croácia e não vão ao Europeu da Áustria-Suíça. Tanto melhor. Não teremos de aturar (tantos) hooligans, a sua ridícula mania de que são melhores, as suas tristes figuras e mais desempates por grande penalidade. E para mais devem estar arrependidíssimos de substituído Sven Goran Eriksson, o melhor técnico que tiveram na(s) última(s) década(s) e que tanto se esforçaram para mandar embora, com as suas críticas e insultos. E assim o correcto sueco viu, sem fazer por isso, uma qualquer mão invisível e justiceira aplicar uma bofetada de luva branca àqueles que se reclamam serem gentlemen e que tanto gostam de dar azo a uma pretensa superioridade civilizacional que só o Prof. Espada e quejandos conseguem divisar.
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