terça-feira, dezembro 04, 2007

Por falta de tempo, numas ocasiões, ou de net, noutras, o blogue tem andado demasiado desactualizado. Vamos lá a ver se corrigimos isso com tempo.
O motivo de discussão maior foram a recensão de Vasco Pulido Valente a Rio das Flores e o artigo de António Barreto no dia seguinte, ambos no Público.
Apenas folheei o livro de MST, e detectei logo alguns erros a que aludi há uns dias. VPV andou à cata, alguns apanhou-os bem, outro não passam de interpretações próprias. Aquela dos "Condes e Marqueses" era claramente uma figura de estilo, mas o historiador achou por bem embirrar com picuinhices. Acabou por apanhar bem a maioria dos erros relativos à Monarquia/República, área onde está bem mais à vontade. O que tenta emendar sobre a Guerra Civil de Espanha parece-me mais discutível.
Pelo que me dizem e vislumbrei, a obra é vulgar, falta-lhe ritmo e vida e é mesmo inferior. literáriamente, a Equador. Para quem tinha muitas expectativas, como eu, pela época em que se insere e pelas curiosidades que revela (Zepellins, por exemplo), deverá ser uma desilusão. Ainda assim, pretendo ler o livro, quando acabar a lista dos que tenho pela frente.
O que me parece é que Sousa Tavares não acertou no alvo, quando pretendia superar o seu anterior romance; mas Pulido Valente escreveu o que escreveu por pura revanche, chamando claramente "ignorante" a MST. Ora o livro, se não é uma obra prima, longe disso, à parte um ou outro erro histórico já referido, não pretende ser um manual cristalinamente correcto de factos passados, mas sim contar uma história num contexto definido. E isso o nostálgico de Oxford não teve em conta, e a sua tremenda crítica fica em parte inutilizada.
Um e outro falham, para mal dos seus egos. O que me dá esperança de um dia escrever um muito melhor romance com Zepellins e a Guerra Civil de Espanha em fundo. Fica aqui o aviso: depois não me acusem de plágio.

2 comentários:

Anônimo disse...

Cá estarei para ler esse livro!

Abraço,

JMM

PS. e sobre o clássico no cesto do pão? Nada? Só um comentário, não é preciso fotografia.

João Pedro disse...

Lá virá, lá virá.