Houve quem recordasse, por estes dias, a efeméride do assassinato de Sidónio Pais, na estação do Rossio, a 14 de Dezembro de 1918; a célebre frase "Morro bem, salvem a Pátria" acabou por ser desmentida nas memórias de Rosado Fernandes, cujo avô terá ouvido as afirmações verdadeiras. Mas convém também lembrar que a 16, o "Presidente-Rei" era substituído por um presidente monárquico (porventura o único que houve em Portugal), o almirante João do Canto e Castro, que, ironia das coisas, teve de reprimir a Monarquia do Norte, de Paiva Couceiro, e movimentos similares. Na ausência de biografia detalhada sobre o efémero presidente, que eu conheça, ao menos, é caso para pensar se viveria angustiado por ser obrigado a combater essa corrente, ou se se teria reconfortado no "cumprimento do cargo" e do "dever". Presidir a um governo ou à chefia de estado em Portugal por essa altura era tarefa complicada, sobretudo para um monárquico que devia ser visto com desconfiança pelos que o rodeavam entre Belém e S. Bento.![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcMqT3vYTL8tnJUblcbW_plDusHrNpFN0g9CmNRsIohLTFwCKIyA-WplGL8lr-VamzZ8g-w0L8MG62b3rq0nK6AbE5Nq9dcEoWG8rMc9NZKf6Yo9MUw4qLGC1B29YR9ZaQeHXywQ/s320/ccastro.jpg)
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