Aproveitando a boleia do Kosovo, podem-se criar e recriar novos mapas da Europa. A República sérvia da Bósnia, pode-se tornar independente ou optar por se unir ao resto da Sérvia, como compensação. A Voivodina pode por seu lado querer guiar os seus destinos argumentando que faziam parte do Império Austro-Húngaro. E os albaneses da Macedónia? Ficarão eles quietos?
Depois, claro, há que recordar que em Itália Bossi ainda é vivo e proclamar a independência da sua querida Padânia, com o argumento de estar a ser roubado pela "Roma ladrona". O pior é se Veneza e Génova resolvem voltar ao antigo modelo de repúblicas marítimas, com Doge e tudo. A Toscana também podia regressar à autonomia dos Medici. E no Sul, sentindo-se ofendidos e ostracizados, aproveitavam para declarar o regresso do Reino das Duas Sicílias (que tem dois pretendentes Bourbons).
Claro que tudo isto podia dar ideias à Borgonha, submetida a séculos de colonialismo de Paris. Para não falar da ingovernável Bélgica ou das pretensões escocesas em serem um novo estado da Commonwealth. Por sua vez, a Baviera pode estar farta dos prussianos de Berlim, assim como os Hanseáticos de Hamburgo. Os landgraves de novo, seria boa ideia? E Gdansk, quereria ser de novo Cidade Livre? Ou Kalininegrado ser Koenigsberg? Mais vale não passarmos à Rússia, senão não saímos de lá.
De novo nos Balcãs, não sei se a Macedónia não voltará a piscar o olho aos tessalonicenses, como S. Paulo. A Grécia que tenha cuidado também com Creta, que a cultura minóica era bem diversa. E a Transnístria, aquela faixa de terra pertencente de jure à Moldávia, e que mais parece uma miniatura da antiga União Soviética? É para agora, o reconhecimento?
Resta-nos a vizinha Espanha. Catalães e Bascos já se sabe, vão mesmo para a cisão. dúvidas há se os navarros querem seguir os Euskera ou não. E os galegos? Aragão? Canárias? Estas era melhor não, senão a Madeira aproveitava a boleia. E depois os Açores, que para o efeito já têm hino e tudo.
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