quinta-feira, janeiro 17, 2008

Pré-obituário

A última frase do post anterior não a repito, por razões evidentes, em relação a Suharto, o ex-ditador indonésio, reduzido ao estado de uma múmia apenas ligado à vida por máquinas. O homem que eliminou milhões de indonésios, desde o sangrento golpe de estado e da repressão subsequente até ao fim do seu mandato, que invadiu Timor Leste com os cuidados que se conhecem, que brutalizou todos os povos do imenso arquipélago que se revoltaram, que açambarcou milhões de dólares dos cofres públicos indonésios, e a quem a Spectator chamou um dia "o Pol Pot indonésio" está praticamente morto. É um cadáver adiado. Já lhe preparam grandes funerais e um enorme mausoléu, entre templos. É pena. Já que escapou aos tribunais, merecia ser atirado para uma vala comum, como aconteceu a tantas e tantas vítimas do seu tenebroso regime.

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