O supermercado dos livros fechou
A Byblos de Lisboa fechou. Durou menos de um ano, o que é revelador do falhanço do negócio. O conceito de supermercado de livros, com cesto de compras, motor de busca e tudo, acabou por se revelar um passo maior que o pé. Fui lá duas ou três vezes, e na última, há pouco tempo, só consegui encontrar um livro da meia dúzia que procurava. Provavelmente já antecipavam o encerramento e escusaram-se a trazer novas remessas.
Não sei qual a causa do flop de um negócio que eventualmente teria pernas para andar, com o aumento do consumo de livros em Portugal. Talvez afinal esse aumento não seja tão acentuado como se pensa, ou, como já ouvi, a localização do espaço, às Amoreiras, numa zona de escassa passagem pedonal, não fosse o melhor. Seja como for, a ideia não pegou. Assim sendo, aumenta a indefinição sobre o futuro do ex-Shopping Clérigos, no Porto. O espaço está há já uns tempos fechado (como a bem dizer sempre esteve, com aqueles muros de betão a rodeá-lo), mas a ideia de revitalização passava pela instalação de uma Byblos. Agora, volta tudo à estaca zero. Terá de se pensar numa nova solução para o local. Quem ganha com isto são as FNACs, que se espalham rapidamente, as Bertrands ou as Leitura/Bulhosa. E a Lello, que para já evita uma rival demasiado forte mesmo à sua frente.
5 comentários:
Meu caro JP,
É uma pena... mas nao foi surpresa...sistema de aprovisionamento em RFID (tecnologia de ponta), investimento elevados, área de venda garantidamente exagerada numa localização má (apesar de ser nas amoreiras)... resultado.. fechou...
João, como podia a Byblos rivalizar com as FNAC's estabelecidas em centros comerciais, logo ao lado dos McDonalds e Pizza Hut, etc? A livraria era boa , mas ficava fora de mão, percebi logo à primeira. Não estou nada admirado, mas é uma pena.
PREVISIVEL ESTE ENCERRAMENTO...PROJECTO MEGALOMANO...
Realmente, não vieram falar comigo, agora fichou!
Caro João, em Lisboa recomendo-te a Letra-Livre (na Calçada do Combro), a Trama (R. São Filipe Neri, junto ao Rato), a Poesia Incompleta (entre o P. Real e a Praça das Flores) e a Ler Devagar (no Braço de Prata).
Embora não sejam generalistas, são na minha opinião muito melhores que bertrands, bulhosas e até fnacs, nalgumas áreas (sobretudo poesia).
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