quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Isto é de loucos!

Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, decidiu condenar Portugal por ter impedido a entrada do chamado "Barco do Aborto"* em porto nacional. Não deixa de ser uma novidade, esta invocação dos direitos humanos para esse tipo de actividades extra-curriculares de uma certa medicina. A ser assim, num futuro bem próximo, veremos o mesmo Tribunal criar um novo tipo de prémio destinado a recompensar a título póstumo, as experiências dos doutores Morell, Mengele e claro está, dos peritos soviéticos na ablação do córtex e do hipotálamo. A bem de um prometedor progresso da humanidade. O pior disto tudo é que fiquei muito ralado, porque ao ser condenada desta forma, a chamada república portuguesa acabou de subir um ponto na minha consideração. Será preocupante?

*Com a experiência que a História nos deu, a bandeira hasteada nesta traineira é um perfeito substituto da Jolly Rogers de outros tempos. Não está mal. É a tradição batava.


Na altura, achei (e continuo a achar) que a actuação do ministério da defesa, com o envio de fragatas armadas, pecou por demasiado ostensiva, mas as razões em si eram válidas: impedir que um barco estrangeiro cometesse ilegalidades em território português (ainda por cima abortos). Esta decisão apenas descredibiliza a entidade que o pronunciou, e retira-lhe legitimidade, já que considera que uma hipotética liberdade de expressão legitima um crime punível com prisão. Não sei se há possibilidade de recurso, mas o Estado Português não devia deixar passar isto sem protestar. Ao dar razão a extremistas, como as criaturas da Womens on Waves e da UMAR, para quem o aborto é "um direito humano", o Tribunal converte-se num caricatura cuja respeitabilidade fica seriamente posta em causa.

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