Os acontecimentos, internos e externos, sucedem-se a um ritmo vertiginoso, e eu sem tempo (ou paciência) para alimentar o blogue. Contudo, para honrar o subtítulo deste espaço (na parte que diz "monárquico" e "católico"), impõe-se que deixe uns ligeiros comentários sobre o casamento real britânico e da beatificação do Papa João Paulo II.
Sobre o enlace, registei com agrado a enorme recepção aos noivos. Das "demonstrações de protesto", nem vê-las. Republicanos, islamitas, nacionalistas ingleses ou simples chatos foram submergidos pelas multidões que aclamavam William e Catherine. Desconfio que houve mais azedume nos comentários da net, dos suburbanos micro-burgueses soltando os costumeiros "estes inúteis a gastar o dinheiro do povo", do que nas ruas. O príncipe favorito dos britânicos está casado, o que é um enorme sinal de alívio. O facto da sua agora mulher vir da classe média não é factor negativo: ajuda a limpar o sangue - e todos sabem os problemas que a consanguinidade já trouxe a tantas dinastias - e dá uma imagem mais terrena, ou mais próxima "de todos nós", à família real. William já de si era próximo, porque os tempos mudam e os media são implacáveis, particularmente naquelas paragens. Em todo o caso, parece-me um casal bem diferente do que se casou há trinta anos. qualquer semelhança entre Diana e Middleton é pura coincidência resultante da intriga de revista cor de rosa. Kate tem um ar que em nada fica a dever à aristocracia, uma cara assaz simpática, e, como disse Pedro Mexia, aquela "cintura impossível".
Na cerimónia reparei no contraste entre a solenidade e a cor (havia lá parentes da família real que podiam perfeitamente lavar escadas em Baguim do Monte). David Beckham era o único de chapéu alto, gravata sem colarinho e colete negro, como exige a etiqueta em cerimónias religiosas. Curioso como um futebolista demonstra ser o mais clássico de uma tal cerimónia. Suponho que o Professor Espada terá apreciado.
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