As reacções à morte de Osama Bin Laden são sobretudo de júbilo, mas nas notícias veiculadas pelo Facebook encontrei muito azedume. Desde a desconfiança à morte do inspirador da Jihad até ao já clássicos "terroristas são os americanos", e "se quisessem justiça levavam era o Bush para o tribunal", havia de tudo. Calculo que tenha havido muita gente que ficou de trombas com a bombástica notícia. Mas acredito que a maioria se tenha regozijado com o fim do homem que na última década personificava o terrorismo e o medo. Pode-se sempre dizer que "não deve haver alegria pela morte de ninguém". Assim devia ser, cristã e moralmente. Mas as pessoas não são de ferro, e os nervos também não. Daí perceber perfeitamente as multidões que no Ground Zero e em Washington saíram à rua a festejar o acontecimento. Aquela gente sofreu os planos de Bin Laden na pele, viu aviões a estampar-se nas suas cidades, guiados por fanáticos; nada mais natural que comemorar o fim do homem que deu azo a tudo isso. Não garanto que se estivesse lá, não faria sairia também à rua.
Para lá das ameaças que se têm de enfrentar e dos inevitáveis actos de vingança por parte das redes islâmicas, há que reconhecer que se tratou de uma operação extremamente bem sucedida. Até o anúncio esteve muitos furos acima da cowboyada indigna que tinha sido a captura de Saddam. Barack Obama vê a sua popularidade subir enormemente à conta de liquidar o inimigo nº 1 da América. Até os habituais falcões se tiveram de render a este êxito colossal. Esperemos que muitos dos entusiastas da Jihad se rendam também, desmoralizados com o fim da sua figura inspiradora.
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