Novas do desporto
E o inevitável aconteceu: Lance Armstrong ultrapassou a mítica barreira das cinco vitórias consecutivas no Tour e chegou aos Champs Elysées já hexacampeão, deixando para trás Miguel Indurain e outros grandes atletas cujo nome agora me falha. Um feito homérico, depois de dias e dias subindo os Alpes e os Pirinéus e fazendo distâncias imensas, apesar da preciosa ajuda do resto da equipa.
Tenho de fazer uma pequena confissão: no fundo, estava com esperança que Armstrong desta vez não chegasse lá de amarelo. Porque a dobragem das cinco voltas faria caír um recorde, mas tiraria toda a carga mitolõgica desse número no Tour, que durante décadas nunca deixou de ser alvo apetecido por parte dos melhores ciclistas. ou seja, a sensação do cume da montanha estar ainda por atingir. O que daria uma ponta de inantigibilidade à mei-dúzia.
Mas enfim, os recordes são para se bater, e seria extremamente cruel que Armstrong tivesse um percalço mais grave no fim da prova que lhe retirasse a vitória pela qual tanto se tinha batido. Até porque o seu mérito é algo de indubitável. O homem que já tinha vencido a batalha da vida (os seus afamados problemas cancerígenos) atinge agora um restrito patamar ao qual raríssimos atletas chegaram. Os melhores, precisamente. E no selim do velocípede, Lance é incontestavelmente o melhor.
A meia dúzia de Tours está atingida. A ver quando é que alguém agora conseguirá sete. Talvez o próprio, para o ano. Ou quem sabe se, mais liberto da sua função de auxiliar, o ciclista luso José Azevedo não tentará uma gracinha maior do que o quinto lugar?
Um encontro de titãs deu-se hoje no Estádio da Luz. Os grandes ibéricos reencontraram-se, num jogo que acabou num democrático 2-2. O SLB parece realmente mais organizado, com as jovens promessas como Amoreirinha, Bruno Aguiar e Manuel Fernandes a mostrar trabalho, um Miguel a quem as férias não terão tirado ímpeto, um Geovanni mais confiante, um Sokota sempre incisivo, e um Zahovic que se deve ter passado! Julgará ele que é novo e que consegue jogar da forma como tem demonstrado ou quê? Pois se assim pensa, melhor para ele e para nós.E ainda faltam os lesionados Carlitos (outra promessa) e Nuno Gomes. Para além de um "matador", que é do que realmente se precisa para completar o puzzle e formar uma equipa completa que possa enfrentar em competições oficiais o Real Madrid e afins. Esperemos é não nos encontrar com a equipa de Camacho já na eliminatória para a Liga dos Campeões: seria na realidade começar tal competição pelo fim. E depois não tinha piada nenhuma ver o Real fora da Champions.
O Brasil venceu a Copa América, batendo a Argentina nos penalties, com o golo do empate que ditaria a cruel decisão a ser marcado no minuto final, ao que parece. Não tenho SportTV, logo não pude assistir à competição, mas pelo que ouvia a turma das Pampas era muito superior à dos canarinhos, aliás desfalcados de Ronaldo e Cia. Parece que afinal os melhores não ganharam. Mas não é o que tem mais acontecido? Afinal de contas, e de forma análoga, também a Grécia conquistou a Taça do Euro há três semanas atrás.
segunda-feira, julho 26, 2004
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário