sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Entusiastas de uma vida breve

O ex-franco atirador, agora cultor de uma vida breve e entusiasta da despenalização + liberalização do aborto, assistiu ao debate de segunda-feira relaccionado com o referendo de dia 11. Assistiu mas viu umas coisas assaz estanhas. Parece que os defensores do "não" eram todos muito maus e os do "sim" todos muito brilhantes, sensatos, sensíveis, enfim, uma maravilha. Consta mesmo que Lídia Jorge (absolutamente inenarrável) teve "bom - senso" ao falar na "coisa humana". Já dá para ver a profundidade da análise. Mas fica igualmente o registo das duas partes da sessão que Luís M. Jorge teve o cuidado de descrever até onde a sua imaginação delirante o permitiu.
Ah! E não deixem de ler os comentários do clube de fãs, crendo que aquilo que leram era realmente o debate que se passou na televisão. Uma menina fala mesmo da "atrapalhação da gente acéfala do não perante as tiradas brilhantes da gente do sim". É só tolerância e honestidade intelectual, entre a malta do sim. Ao menos divertem as pessoas, e quem sabe, as "coisas humanas".

2 comentários:

Anônimo disse...

Homem, onde é que você leu no meu texto que a Lidia Jorge tinha tido "bom-senso"? Não me chocou, é verdade. Mas bom senso é outra coisa.

Luis.

João Pedro disse...

Parece-me que esta parte do seu texto é elucidativa.

"Lídia Jorge recentra tudo na mulher: ela tem que estar preparada. Diz que a mulher tem dentro de si uma coisa humana, mas não uma vida. Defende a proposta de bom senso."

Fica a ideia que o bom senso é não somente da posição defendida mas igualmente da escritora. Se não era essa a intenção, parece.