Por muito que se fale em Cristiano Ronaldo e na sua participação (decisiva) na conquista da Liga dos Campeões pelo Manchester, as vitórias nas competições europeias deste ano ficam inegavelmente ligadas a dois países: Reino Unido e Rússia. As escolhas dos recintos das finais e o simples engenho encarregou-se de cruzar estes estados que até andam de candeias às avessas que se devem a casos de espionagem - em especial o do envenenamento de Litvinenko - que se esperam entre duas potências com ambições internacionais.
Na Taça UEFA, no estádio do Manchester City, o surpreendente Zenit S. Petersburgo venceu sem discussão o Glasgow Rangers. Os jogadores da sumptuosa cidade dos czares não deixaram o crédito de golear o Bayern por mãos alheias e não deram hipóteses aos proletários da industrial Glasgow Leais à Rainha.
O Manchester United, como se sabe, e num encontro de craques, teve a sorte dos penaltis no escorregadio relvado de Moscovo contra o Chelsea de Avram Grant e levou a sua terceira Taça dos Campeões.
Méritos à parte, constata-se que os russos foram ganhar a Inglaterra a uma equipa britânica (escocesa pró-Inglaterra); e duas equipas inglesas foram medir forças em Moscovo, tendo uma delas por sinal um presidente russo. O que tira todas as dúvidas sobre quais as nações dominantes do futebol europeu este ano - sim, os russos também o foram (e merecem parabéns pela decoração do estádio e pelo logótipo da final).
Tudo isto para dizer o seguinte: a Supertaça europeia deste ano vai valer a pena. Bom seria que mudassem para um estádio mais majestoso do que o acanhado Louis II do Mónaco.
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