O trabalho e a família
Na semana passada entrevi as linhas de um artigo de Rui Ramos, no Público, já não sei em que dia, que ia ao encontro de uma coisa em que andava a pensar: O BE, e mais ainda, o PCP, reclamam continuamente contra as alterações ao Código do Trabalho, argumentando que irá tornar o emprego mais precário e pôr os trabalhadores mais à mercê da entidade patronal. Poderão até ter as suas razões. Mas não deixa de causar espanto toda esta preocupação ao mesmo tempo que apoiam uma norma que irá por sua vez causar mais precariedade no casamento (e na família). Se no contrato de trabalho há direitos e deveres para as partes (obediência, remuneração periódica, etc), também os há na instituição familiar, estabelecidos no Código Civil. Ao relativizar esses direitos/deveres, dá ideia de que consideram mais difícil encontrar trabalho do que formar uma família, ou então a estabilidade desta não tem grande importância. Será?
2 comentários:
excelente amigo...execelente..muito bem escrito
Sim, provavelmente por isso e
Postar um comentário