Pelo quarto ano consecutivo, e por razões diferentes, não vou poder ir ao santo do meu nome e da minha cidade. Mais uma vez adio as sardinhas, o convívio, o martelo de plástico com o seu som característico, o espectáculo dos balões de ar quente a salpicar o céu e os bailaricos de rua, que nos últimos tempos acabavam em Nevogilde. Ou a repetição da única vez que do muro da Ribeira vi o fogo de artifício da meia-noite, lançado da ponte e do rio, fazendo depois o percurso pedestre até à Foz (parando em todos os arraiais), onde já no Molhe se via sempre o dia a nascer. E nem terei enfim a oportunidade de ver como são as Fontainhas nesta noite mágica, com a cascata sanjoanina e a sua vista para o Douro. E tantas, tantas tradições que vêm de longe e se mantêm.
(Fotos tiradas do Cidade Surpreendente).terça-feira, junho 23, 2009
Outro S. João perdido
Esta noite, de 23 para 24, tem lugar um dos mais grandiosos e genuínos festejos populares: o S. João. O profeta do Jordão, primo de Jesus, que segundo as escrituras vestia-se de pele de camelo, comia gafanhotos e mel e foi supliciado sob os caprichos de Salomé, tornou-se um santo popular e "rapioqueiro", ao qual são dedicadas as mais brejeiras quadras. É em Braga, Vila do Conde, Gaia (menos a Afurada, que prefere S. Pedro) e principalmente no Porto, além de outras localidades, que o santo é mais festejado. Nem sequer é o padroeiro portuense oficial (lugares ocupados por Nossa Senhora da Vandoma e pelo quase anónimo S. Pantaleão), mas nem por isso deixa de ser o patrono de uma das noites mais longas do ano.
A quem puder ir, que se divirta o mais que puder e um bom S. João!
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