Os tempos mudam, o pop-rock também
Coimbra está uma rebaldaria inédita por causa do duplo concerto dos U2. É certo que os Rolling Stones também já por lá passaram (até inauguraram o estádio), mas era só uma noite. Desta vez, o quarteto de Dublin leva dezenas de milhares à Lusa Atenas, para ver o seu palco aracnídeo e o espectáculo megalómano. Nunca vi os U2, e ainda tive ideias de ir a um dos concertos, mas a loucura em seu redor (até com fanáticos a querer ir aos dois dias), a falta de paciência para estar horas para comprar um bilhete para daí a um ano e o elevado preço dos que restavam tirou-me quaisquer veleidades. Fico por isso à espera de futuras digressões, com esperança que depois de Vilar de Mouros, em 1982, e as tournées da Zoo TV, Pop, a de 2005 e esta, queiram regressar e haja mais bilhetes disponíveis.
Só que o cartaz de concertos de bandas pop-rock e afins em Portugal não se fica pelos U2. Não faltam espectáculos para todos os gostos nos tempos mais próximos. E se os U2 têm a mesma popularidade que há vinte anos, outros há que decresceram, embora o seu nome continue a arrastar multidões, casos do R.E.M., que mereciam mais, e dos Gun n´Roses. Como muitos se recordarão, os Guns foram a banda mais popular de início do anos noventa, e levaram milhares a Alvalade, em 1992, num concerto atribulado. Agora, Axel Rose e nova companhia regressam a Portugal , ao Pavilhão Atlântico, no dia 6. Se fosse há 15 anos, provavelmente precisariam de um dois estádios. Muita gente deve dar graças a Deus e ao passar dos tempos: é que se os concertos das duas bandas coincidissem na mesma semana em princípios dos anos noventa, teriam de fazer contas à vida e lá se ia metade do orçamento nos primeiros dias do mês.
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