A história repetiu-se, mas só parcialmente: o Benfica tornou a reverter um resultado negativo obtido na primeira mão contra o Marselha, desta vez em pleno Velodrome, sem "mãos de Vata" (aliás com claras razões de queixa da arbitragem), mas com nova bomba de Maximiliano Pereira. Um jogo de raiva, de garra e de querer, mas também de superioridade técnica e táctica, em que o Benfica, mesmo quando sofreu um golo contra a corrente do jogo, veio para a frente e alcançou a vitória no momento mais feliz, com um golo cruzado do improvável Kardec, para delírio de dois mil portugueses presentes. Os provençais, comandados por Lucho Gonzalez, ficam assim de fora da prova. Este novo encontro com o Benfica revelou-se fatal uma vez mais para as suas aspirações.
Aqui há uns anos falou-se de um atacante argentino, chamado Maxi Lopez, conhecido como "Super Maxi", para vir para o Benfica. O Barcelona desviou-o pela cominho, mas o "super" nunca conseguiu demonstrar o porquê da alcunha. Desconfio que era uma manobra de diversão, e que o verdadeiro Super Maxi só veio depois, e que o seu apelido é Pereira.
Como ironia cruel, no mesmo dia em que é alcançado esta difícil e épica vitória, morreu aos noventa anos Julinho, o jogador do Benfica que marcou o golo decisivo na final da Taça Latina de 1950. Falo em "ironia cruel" porque o adversário era igualmente francês: o Bordéus, grande rival do Marselha.
E já agora, Vata faz anos hoje...
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