quarta-feira, junho 03, 2009

A despedida dos guerreiros


No post anterior falava de um jogador quase esquecido. Neste fim de semana, despediram-se dos relvados três futebolistas que certamente não o serão - até porque fazem parte da era da televisão, da internet e do marketing da modalidade, em que a imagem por vezes conta tanto como as jogadas. Falo evidentemente de Paolo Maldini, o mais internacional de sempre pela Squadra Azurra, o capitão do Milan que se sagrou por cinco vezes campeão europeu, o melhor defesa esquerdo de sempre, que na sua carreira só conheceu duas camisolas, a azurra da Selecção e a rossoneri de Milão; Pavel Nedved, o virtuoso maestro checo, visível ao longe pela sua melena loura, que comandou o seu país ao longo de vários torneios e que merecia mais troféus; e, obviamente, Luis Figo, o ídolo de toda uma geração, o mais internacional jogador português de sempre, o génio que despontou com os campeões de Riade e Lisboa e nunca mais parou de somar sucessos, atingindo o auge em 2001 - em que ganhou o prémio da FIFA de melhor jogador do Mundo (depois do Ballon d ´Or de melhor da Europa no ano anterior) e a Liga dos Campeões. Figo, o melhor de sempre desde Eusébio, de quem guardo um autógrafo do tempo em que ainda estava no Sporting, numa tarde em que o encontrei num hotel do Porto, e com quem viria a cruzar-me anos mais tarde em Frankfurt.

É todo um capítulo da história da modalidade que se vira, com a partida destes mitos dos relvados. E uma certa época que acabou: o futebol dos anos noventa.


2 comentários:

Freddy disse...

Merecidas homenagens... Tive o privilégio de ver os 3 jogarem em ambiente de estádio!

João Pedro disse...

Eu já vi jogar ao vivo os que dos rivais milaneses. De Nedved julgo que nunca tive essa oportunidade (mas se calhar já o vi de perto, a equipa da Juventus passou há uns anos à minha frente, à saída do hotel Porto Palácio).