No post anterior falava de um jogador quase esquecido. Neste fim de semana, despediram-se dos relvados três futebolistas que certamente não o serão - até porque fazem parte da era da televisão, da internet e do marketing da modalidade, em que a imagem por vezes conta tanto como as jogadas. Falo evidentemente de Paolo Maldini, o mais internacional de sempre pela Squadra Azurra, o capitão do Milan que se sagrou por cinco vezes campeão europeu, o melhor defesa esquerdo de sempre, que na sua carreira só conheceu duas camisolas, a azurra da Selecção e a rossoneri de Milão; Pavel Nedved, o virtuoso maestro checo, visível ao longe pela sua melena loura, que comandou o seu país ao longo de vários torneios e que merecia mais troféus; e, obviamente, Luis Figo, o ídolo de toda uma geração, o mais internacional jogador português de sempre, o génio que despontou com os campeões de Riade e Lisboa e nunca mais parou de somar sucessos, atingindo o auge em 2001 - em que ganhou o prémio da FIFA de melhor jogador do Mundo (depois do Ballon d ´Or de melhor da Europa no ano anterior) e a Liga dos Campeões. Figo, o melhor de sempre desde Eusébio, de quem guardo um autógrafo do tempo em que ainda estava no Sporting, numa tarde em que o encontrei num hotel do Porto, e com quem viria a cruzar-me anos mais tarde em Frankfurt.
É todo um capítulo da história da modalidade que se vira, com a partida destes mitos dos relvados. E uma certa época que acabou: o futebol dos anos noventa.
2 comentários:
Merecidas homenagens... Tive o privilégio de ver os 3 jogarem em ambiente de estádio!
Eu já vi jogar ao vivo os que dos rivais milaneses. De Nedved julgo que nunca tive essa oportunidade (mas se calhar já o vi de perto, a equipa da Juventus passou há uns anos à minha frente, à saída do hotel Porto Palácio).
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