sábado, dezembro 08, 2007

Esperança, desilusão e recuperação
O jogo com o Milan, a meio da semana, era apelativo, tanto pelo nome do adversário, campeão europeu em título e recordação negra para o Benfica, como pela necessidade de pontuar e fazer boa exibição. O estádio não encheu coisa que muito me espantou; afinal, nem com a oportunidade de ver alguns dos melhores jogadores do mundo se vai À bola? Só se fosse pela dia em questão.
Vinte minutos de tremideira e golo do adversário, pelo superlativo Pirlo. Que soou como um despertador, porque a partir daí o Benfica encheu-se de ganas, tão ao gosto de Camacho, e veio para a frente, até à obra de Maxi Pereira, deixando Dida boquiaberto. Como os milaneses raramente sofrem golos, conseguiram aguentar a igualdade até ao fim, apesar das boas oportunidades que o Benfica teve para o ganhar. Claro que o neo-Melhor Jogador do Mundo, Káká, também teve a sua oportunidade no final, mas atirou ao lado. O empate dava ânimo aos jogadores, apesar da saída da Liga e da obrigatoriedade de ganhar em Donetsk. Pena por não termos ganho também porque tal vitória seria inédita, precisamos mais dos Euros em disputa do que eles, e não gosto do Milan.
Só que a confiança ruiu no Sábado seguinte, num jogo importantíssimo para o título: uma péssima exibição, com falta de garra e de ligação entre sectores, permitiu que o Porto, sem uma exibição fulgurante, aproveitasse da melhor forma os erros e levasse os três pontos. Desastroso resultado: sete pontos de atraso, derrota em casa, desvantagem no confronto directo. Por culpa própria. Nem a desculpa de ser um "dia mau" pode justificar a pior exibição da época. E logo frente a uma invasão bárbara, daquelas que têm de ser vencidas para salvar a civilização: além dos hunos que a grande velocidade cavalgaram para o golo, havia o apoio de árabes, como Sektioui, ainda que desistentes a meio, e como se não bastasse, uma horda viking, da bandeiras azuis desfraldadas e comandadas pelo inevitável Macaco, dava apoio à rectaguarda. O que vale é que os bárbaros acabam sempre por ceder face à civilização e à Luz.
Mas o estado de ânimo era lastimável. O meu, pelo menos, era. Já imaginava uma derrota pesada no pesado campo dps mineiros russófonos que investiram 60 milhões de Euros em reforços. Mas o Benfica não deixou de ser Benfica, nem os seus jogadores se ficaram: com temperaturas gélidas, um público adverso, e um bom adversário a precisar de ganhar, com duas estocadas de Cardozo, de pé esquerdo e nas alturas, conseguiram a vitória e a compesnação possível: ficar na UEFA. Com um pouco de sofrimento pelo meio, claro, que os triunfos fazem-se com suor. Houvesse mais este espírito e esta entrega e sofreríamos menos. Porque é que os jogadores não meditam sobre isso? Ou nós, já que eles são pagos é para jogar, e não para "parar para pensar", que é o que têm feito em demasia na última década.

Um comentário:

Anônimo disse...

repubblicafiorentina.blogspot.com

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